RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Encontro especialíssimo com Lak Lobato em São Paulo

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Dia 12 de agosto foi um dia muito especial. Depois de anos de amizade virtual, finalmente tive a honra de conhecer ao vivo e a cores a Lak  Lobato. Nem lembro da última vez em que fiquei tão ansiosa para conhecer alguém – mulher, tá, bofes sempre deixam a gente ansiosa hahaha. Combinamos às 20hs no Tea Connection da Alameda Lorena. Como tenho tique nervoso da pontualidade, vinte minutos antes eu já estava lá, peguei uma mesa e fiquei esperando. Minha mãe foi comigo. Quando a Lakita chegou, nossa!!! Sabe quando você dá um abraço em alguém e parece que conhece a pessoa há 20 anos? Foi assim que me senti. Essa guria tem uma energia boa contagiante. E ainda levou o Edu, maridão, junto. Antes de falar dela, deixa eu falar deles: que casal incrível. Que sintonia! Se comunicam com o olhar, ele é um doce, morre de orgulho dela, conhece todos os detalhes de tudo e mais um pouco da Lak, vibra com tudo o que ela fala. Observar os dois interagindo é como observar uma comédia romântica. Você fica com cara de cachorro abandonado enquanto se pergunta mentalmente: “Porque diabos isso também não acontece comigo?”.
Começamos a papear. A Lak percebeu a minha ansiedade a respeito do Implante Coclear – acho que fiz umas cem perguntas – e foi tão, mas tão doce e sensível, que tirou um dos dela e me fez pegar na mão, tocar, sentir o peso, me entrosar com ele. Me mostrou o controle, me fez tocar nele também. Era como se me dissesse ‘fica tranquila que eles não mordem’. E eu ali totalmente impressionada com o quanto o IC bilateral fez da Lak esse ser de luz. E a delicadeza dela com a minha mãe, gente? Minha mãe andava mais nervosa e ansiosa que eu a respeito do IC, bombardeou a Lak de perguntas, chorou, de tudo e mais um pouco. E a Lak nem por um segundo me fez sentir vontade de dizer aquilo que a gente sempre diz sobre mães corujas/choronas ‘não leva a mal, sabe como é’, muito pelo contrário. Me senti em casa. Me senti em família. Me senti acolhida.
Grande parte da minha coragem de partir para o Implante Coclear veio de ler os relatos impressionantes que a Lak escreve sobre a experiência dela no Facebook. Até disse pra ela que ela tá me causando transtorno de ansiedade com eles, porque leio e fico alucinada pensando que também quero passar por tudo aquilo. Também quero me emocionar de novo com os sons que possivelmente vou voltar a ouvir. Também quero ir no dentista e bater papo com ele de máscara. Também quero entender o que o taxista diz enquanto estou no banco de trás do carro. Também quero ouvir uma música que ouvi quando era criança e cair aos prantos. Também quero ir no teatro e entender. Também quero estar de novo numa sala de aula sendo capaz de compreender o que o professor diz. Suspiros, suspiros.
Me identifico muito com a Lak porque ela é uma mulher forte, decidida, sem papas na língua, que vai atrás do que quer e, principalmente, porque ela também sabe que a vida é breve. Lembro de uma frase que ela me disse na janta, mais ou menos assim: “Com tanta coisa linda pra ver, fazer e ouvir, você acha que vou perder meu tempo me lamentando? De jeito nenhum!”. Toca aqui, guria! Te conhecer foi uma das coisas mais sensacionais que me aconteceu esse ano. Espero que você continue sempre com o seu trabalho incrível de desmistificar o Implante Coclear por esse Brasil porque, pra mim e pra minha família, você fez isso com maestria. Te adoro, te admiro e te levo no lado esquerdo do peito. Conta comigo sempre!!!! ?
PS: a Lakita também escreveu um post lá no Desculpe Não Ouvi sobre o nosso encontro.

 http://cronicasdasurdez.com/encontro-especialissimo-com-lak-lobato-em-sao-paulo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+CronicasSurdez+%28Cr%C3%B4nicas+da+Surdez%29

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