RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sábado, 23 de março de 2013

Autores dão dicas de práticas pedagógicas inclusivas. Conhecer o aluno é o primeiro passo, diz especialista

Suporte ao professor

Autores dão dicas de práticas pedagógicas inclusivas. Conhecer o aluno é o primeiro passo, diz especialista

Por Leonardo Guariso Fotos Shutterstock




Fotos Shutterstock
Um ambiente de ensino onde todos possam aprender, tendo deficiência ou não. Em resumo, assim é denominada a educação inclusiva que, segundo Eugênio Cunha, mestre em Educação e autor do livro Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade (Wak Editora, 2011), apenas começou a caminhar no Brasil. "Já houve progressos, mas será que os alunos estão recebendo a educação adequada?", questiona o professor. A preocupação de Cunha é a mesma de tantos outros educadores e familiares. De que adianta o estudante com deficiência frequentar uma escola regular se o professor não sabe como lidar com esses distúrbios? O problema, segundo o pesquisador, é que não existe uma formação específica que qualifique o profissional. Pior: há pouca literatura pedagógica a respeito. "O professor fica sem suporte", afirma. E o aluno, à mercê.


Atividades do Bem
Muito prazer, aluno
Como deve ser, então, o trabalho inclusivo do educador? Para o autor, a inclusão escolar começa na alma do mestre. "Precisamos atrair nossos alunos por meio de afeto", diz. Cunha refere-se ao desejo de aprender do estudante como um caminho para conquistá- lo para, então, direcioná-lo ao conhecimento. Quando isso acontece, todos aprendem juntos.
Não existe uma formação específica que qualifique o profissional
Em sua obra, o professor explica que o afeto é um instrumentomediador da aprendizagem, pois trabalha a memória, a cognição e as emoções. O afeto, nesse caso, abre caminho para enriquecer relacionamentos e proporcionar uma aprendizagem de qualidade. E isso vale para qualquer disciplina e qualquer nível de modalidade de ensino. Conhecer o aluno, portanto, é fundamental.
A dicas deste quadro são apenas uma referência em práticas pedagógicas para a educação inclusiva, pois, de acordo com os profissionais entrevistados nesta reportagem, cada indivíduo é único - nem sempre o que funciona para um funciona para o outro. Além disso, pode ser que a criança não apresente apenas um comprometimento ou uma demanda entre as enumeradas na lista a seguir.

Falta de concentração e conservação das informações
Primeiro, descubra o que desperta a atenção do aluno e só então proponha atividades. Uma sugestão é a brincadeira do espião. Em dupla, cada integrante observará bem a outra pessoa.
Os dois se viram de costas e fazem uma mudança no visual. Depois, um de frente para o outro, tentam descobrir o que mudou. Trabalhe com música. Tocar violão, por exemplo, estimula a concentração e desenvolve a memória.

Autismo
Concentre-se no contato visual. Olhe nos olhos do aluno, fale de forma serena e objetiva (assim, as falas são mais bem compreendidas). Nem sempre o autista assimila frases como "Não faça isso!". Em cada atividade, portanto, mostre o que fazer. Dê funcionalidade às ações.

Fotos Shutterstock

Síndrome de Down

Respeite o ritmo do aluno sem impor nada e não o trate infantilizadamente. Use fotos de familiares para estimular a fala e a memória visual. Exemplo: peça para o aluno contar histórias ou abordar aspectos interessantes da vida familiar. Estimule a prática de esportes, como a natação, que refinam a condição motora do estudante.



TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)
Estabeleça e organize rotinas de trabalho para inibir a dispersão. Se for preciso, reveja o método de ensino para torná-lo criativo. Priveligie trabalhos curtos, realizando uma tarefa por vez. Não peça a um aluno, por exemplo, que copie da lousa um texto extenso. Desse modo, você conserva o foco de atenção do indivíduo.

Transtornos emocionais
Proporcione um ambiente educativo agradável (lembra da dica "conheça seu aluno"?). Solidarize-se e converse com o estudante e ensine-o a lidar com as perdas, pois elas são naturais.Desenvolva no aluno habilidades para superar desafios e perseverança na conclusão de tarefas. É importante impor limites.

Dislexia
Mostre a semelhança e a diferença entre as letras. Exemplo: a letra B tem a "barriga" voltada para a direita e a "perna" para cima. Evite o excesso de conteúdo para que o aluno tenha melhor compreensão do que é ensinado. Trabalhe com histórias em quadrinhos e peça que ele faça associações entre as ilustrações e o texto, criando alternativas e mudanças na história ou nas imagens.
Dispraxia (dinsfunção motora)
Incentive a prática de atividades físicas. Elas ajudam a desenvolver a coordenação motora, a orientação espacial e o equilíbrio. Outra dica é o uso da música para aumentar a capacidade de atenção e memorização. Pode ser assim: a cada toque de determinado instrumento musical, os alunos brincam com um objeto ou fazem algum movimento - ao som do tambor, por exemplo, as crianças mexem as mãos. Utilize materiais pedagógicos sensoriais, como letras escritas em pedaços de papel ou em madeira para que a pessoa forme palavras.

Surdo
Posicione o aluno na primeira fileira, de preferência, à sua frente. Quando realizar atividades, faça-as em turma para intensificar o vínculo de inclusão. Fale de frente para o estudante para que ele possa ler seus lábios. Diga aos colegas de sala para que façam o mesmo.

Cego
Oriente o aprendente sobre a posição do mobiliário e evite mudar os objetos de lugares. Incentive-o a aprender Braille. Ofereça materiais concretos para ajudá-lo a aumentar seu conhecimento. Isso inclui conceitos linguísticos, matemáticos, geográficos. O Instituto Benjamin Constant (www.ibc.gov.br) desenvolve materiais com texturas diferentes para que o aluno possa "ver" utilizando o tato.


 Esperar que o mesmo educador seja capaz de abordar diversas necessidades é fantasioso

Evidentemente, há outros aspectos a serem abordados. Muita informação deve ser obtida dos pais e também da equipe - médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas - que atende o estudante. E, claro, do próprio aluno. "Para um estudante com baixa visão, nada melhor do que ele mesmo dizer se há muita ou pouca luminosidade para enxergar o quadro", explica Selma Inês Campbell, autora do livro Múltiplas faces da inclusão (Wak, 2009). Os educadores também são fontes importantes: "Professores de séries anteriores podem nos esclarecer quais habilidades o aluno já desenvolveu", conta.

Fotos Shutterstock
Para um estudante com baixa visão, nada melhor do que ele mesmo dizer se há muita ou pouca luminosidade para enxergar o quadro
Difícil aceitação
E quando a pouca informação referente aos estudantes com necessidades específicas parte da turma? Campbell afirma que preconceito vem de desconhecimento, e esclarecer é o primeiro passo. "A escola deve cultivar valores como respeito ao próximo e solidariedade", explica. Vale até uma conversa com a família do aluno.
Vencidas essas dificuldades, que podem ser superadas por ações em conjunto com gestores e demais profissionais do colégio, o professor poderá elaborar atividades para serem realizadas em grupo - no caso dos pequenos, o modelo pedagógico criado pela educadora italiana Maria Montessori (1870-1952), caso ainda não seja utilizado.
Para Ler
Fotos Shutterstock



Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade
,
Eugênio Cunha, Wak Editora




Fotos Shutterstock



Múltiplas faces da inclusão
,
Selma Inês Campbell, Wak Editora
"Os materiais montessorianos podem ser manipulados de diferentes maneiras, porque são sensoriais e de conceitos universais, relacionando-se com o todo", explica Cunha. De acordo com o autor, eles foram inspirados na educação especial, mas podem ser usados por todos os alunos.
No método, peças sensoriais geométricas - pirâmides e esferas de tamanhos diferentes -são utilizadas para apresentar a linguagem. Cada uma delas tem uma cor e possui um significado linguístico. Com isso, o aluno pode montar uma frase, juntar um substantivo a um adjetivo, aprender geometria ou até mesmo desenvolver a coordenação motora. "Esses materiais introduzem as sementes do interesse, da qual a criança colherá frutos nas próximas fases da educação", afirma.


Um professor, mil funções

É preciso deixar uma coisa clara: esperar que o mesmo educador seja capaz de abordar diversas necessidades é fantasioso. "Um professor hábil para lidar com surdez não pode ser o mesmo para lidar com cegueira, pois os recursos são diferentes", afirma Campbell. É aquela velha história do músico que sabe tocar um pouco de guitarra, de baixo, de violão, de bateria e de teclado, mas que, na realidade, não é expert em nehuma delas, pois não se especializou em nada. "É condenar tanto o aluno quanto o professor ao fracasso", finaliza.
Fonte:
http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/67/artigo242134-2.asp


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