RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

domingo, 21 de janeiro de 2024

Curso de formação em Línguas Indígenas de Sinais capacita mais de 120 professores

 


A linguagem é rica em sabedoria e deve ser acessível a todos, independentemente da forma escolhida para se comunicar. Seja oral ou por sinais linguísticos, a comunicação é fundamental para todos, sem distinção de etnia. Com o progresso das pesquisas em linguística e educação de indígenas surdos, e das línguas indígenas de sinais no Brasil, houve a necessidade de fornecer informações e apoio direto aos professores e surdos atuantes em escolas indígenas e urbanas. Essa ação foi uma resposta ao investimento na formação específica, alinhada à política linguística para o ensino de línguas a esses profissionais.

Para garantir o uso e difusão da Língua Indígena de Sinais nas comunidades indígenas, os professores indígenas David Kaique, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, e Bruno Henrique, da Universidade Federal de São Carlos, propuseram a ideia do curso de extensão para a formação EaD de professores indígenas em Línguas Indígenas de Sinais (LIS), que veio de encontro com o estudo que vinha sido desenvolvido pela professora da Faculdade de Educação, Shirley Vilhalva, por meio da pesquisa Mapeamento das línguas de sinais emergentes: um estudo sobre as comunidades linguísticas indígenas de Mato Grosso do Sul. A iniciativa surgiu da urgência em formar profissionais comprometidos com o ensino, aprendizagem e atendimento a estudantes indígenas surdos em escolas indígenas e urbanas, assegurando a acessibilidade comunicacional em suas comunidades. 

Após a apresentação da ideia à professora da Faed e ao docente do Câmpus de Aquidauana, Bruno Roberto Nantes Araújo, o curso tomou forma e destacou-se como uma ação pioneira. Passou a não apenas proporcionar uma formação especializada para os professores indígenas em LIS, mas também a contribuir para a política linguística e educacional, desempenhando um papel crucial no processo de curricularização da LIS no Brasil.

O professor do Câmpus de Aquidauana e coordenador do curso, Bruno Roberto Nantes Araujo, destaca a relevância do projeto.  “De forma geral, este projeto foi muito importante para todos nós, professores e extensionistas. Pudemos compreender a complexidade e a necessidade e a urgência de compartilhar os conhecimentos tão recentes sobre as línguas indígenas de sinais e sobre educação de indígenas surdos. Da valorização das línguas orais e das línguas de sinais de cada etnia, do seu reconhecimento e da materialização dessas línguas indígenas de sinais em seus povos, engrandecendo suas culturas diversas, suas ancestralidades e cosmovisões. Das diversas identidades indígenas surdas, da preocupação do atendimento educacional especializado para estes estudantes indígenas surdos, principalmente no que tange à sua Língua Indígena de Sinal (LIS). A necessidade dessa  formação aos profissionais que estão  já atuando, e fortalecendo e transformando suas práticas educativas e didáticas. Pode trazer protagonismo aos professores indígenas e surdos em novas pesquisas e ações nas escolas indígenas e escolas no contexto urbano”, ressalta.

A formação também ocorreu com a vice-coordenação da professora da Faculdade de Educação, Shirley Vilhalva, especialista em docência e tradução em Libras e referência nacional no tema, que pesquisa há 40 anos sobre surdos e surdocegos, e há 32 anos sobre indígenas surdos. Vilhalva relata o sentimento de avanço na área. “Para mim, como professora e pesquisadora surda foi muito emocionante, no sentido de conseguir estar mais próximos dos profissionais indígenas que estão buscando conhecimento sobre Libras e agora a LIS. Durante o Curso eu me empenhava também em mostrar a realidade surda em todos os aspectos de atualização de pesquisas sobre a Língua Indígena de Sinais”, disse.

Um dos idealizadores do curso, David Kaique Rodrigues dos Santos, que também é indígena da etnia Pataxó Hãhãhãe, comenta sobre a inclusão da língua no currículo de formação de professores. “A Língua Indígena de Sinais é uma língua, sendo assim, um patrimônio cultural. Portanto, é crucial que lutemos por políticas linguísticas e educacionais que assegurem os direitos dos indígenas surdos. Isso inclui a oficialização da LIS, sua inclusão como componente curricular na Educação Básica, a incorporação da LIS no currículo de formação de professores como obrigatório no Ensino Superior e discussões sobre a LIS em diversos espaços, instituições e frentes”, disse.

O curso

Realizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem da UFMS e transmitido pelo Canal Institucional no YouTube, o curso teve aulas assíncronas, facilitando a participação de indivíduos com diferentes horários disponíveis. O público-alvo abrangeu professores de comunidades indígenas, formados em cursos de licenciatura, bacharelado em Letras Libras, estudantes de licenciaturas e bacharelado em Letras Libras, pedagogia e profissionais da educação básica pública ou privada (gestores, técnicos e professores). 

O corpo docente, composto por 12 professores voluntários de diferentes estados e instituições de ensino, incluiu indígenas surdos, indígenas ouvintes atuantes na educação de indígenas surdos e parceiros professores de instituições superiores. O curso foi estruturado em seis unidades, cada uma ministrada por especialistas na área e abordou temas como Teoria da Educação de Surdos, Interculturalidade e Formação Docente, Produção de Material Didático Específico para Indígenas Surdos, Práticas de Ensino para Docentes Indígenas, Didática e Metodologia do Ensino, e Conceitos e Aspectos das LIS.

A ênfase foi na aplicação prática dos conhecimentos, incluindo a importância da cultura e identidade dos povos originários. A formação buscou valorizar e preservar as línguas de sinais utilizadas dentro das terras indígenas, aldeias e comunidades, bem como as línguas de sinais empregadas pelos indígenas surdos no ambiente urbano. O curso teve um grande impacto, beneficiando cerca de 122 participantes indígenas e sobressaindo-se pela participação de não indígenas na área, que receberam certificados especiais.

FONTE:

https://www.ufms.br/curso-de-formacao-em-linguas-indigenas-de-sinais-capacita-mais-de-120-professores/?fbclid=IwAR1zIBTzbPwzWAEe_DKROhqpoAu0WQ_-tTK8OiD5oajlXqi7ldgOVv8ChBY

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