Na
história da educação dos surdos houve uma época que a Língua de Sinais
tinha ampla valorização e aceitação, mas a partir do congresso de Milão
de 1880, a Língua de Sinais foi banida completamente da educação de
surdos, impondo ao povo surdo o oralismo. Devido à evolução tecnológica
que facilitava a prática da oralização pelo sujeito surdo, o oralismo
ganhou força a partir da segunda metade do s
éculo XIX.
A modalidade oralista baseia-se na crença de que a língua oral é a
única forma possível de comunicação e desenvolvimento cognitivo para o
sujeito surdo e a Língua de Sinais deve ser evitada a todo custo porque
atrapalha o desenvolvimento da oralização.
A técnica de
leitura labial consiste em “ler e interpretar” os movimentos dos lábios
de alguém que está falando, mas só é útil quando o interlocutor formula
as palavras de frente, com clareza e devagar. Várias pesquisas já
demonstraram (SOUZA, 1998)1 que a maioria de surdos só consegue ler 20%
da mensagem através da leitura labial, perdendo a maioria das
informações. Geralmente os surdos ‘deduzem’ as informações através do
contexto em que as palavras são ditas.
Na década de anos 60,
foi proposto o uso simultâneo da língua dos sinais associada com a
oralização, surgindo o modelo misto denominado de Comunicação Total
havendo um início de reconhecimento e valorização da Língua de Sinais, a
qual foi muito oprimida e marginalizada por mais de 100 anos.

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