A educação tem a finalidade de formar os educandos e
prepará-los para atuar em sociedade, buscar seus sonhos e realizar-se
como ser humanos ativos no mundo contemporâneo. Portanto, seu papel vai
além do simples ato de ensinar.
E se o fundamento da educação é proporcionar o ensino, a escola e o
professor devem estar preparados para todos os tipos de diversidades dos
educandos. Respeitando e conhecendo todo tipo de limitação,
dificuldades e transtornos.
Quando se fala em Escola Inclusiva, logo devemos pensar que a escola
também deve estar preparada para receber a criança com deficiência
auditiva. E é aí que entra o educador conhecedor de LIBRAS.
A Língua Brasileira de Sinais é usada por cerca de 5 milhões de
pessoas no Brasil e é a principal forma de comunicação para a maioria
das pessoas surdas no país.
O Dia nacional da Libras, comemorado em 24 de abril, foi instituído
em 2002, quando a língua passou a ser reconhecida como meio legal de
comunicação e expressão por meio da lei nº 10.436.
A norma embasou políticas públicas que incluem determinações como o ensino da Libras na educação básica, entre outras.
MAS COMO FUNCIONA A ESCOLA INCLUSIVA?
O Decreto nº. 3.956, de 8/10/2001, garante a eliminação de todas as
formas de discriminação contra pessoas portadoras de deficiência e, a
Lei nº 10.436, de 24/4/2002, dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) como meio de comunicação de pessoas surdas e/ou mudas (BRASIL,
2005), entre outras providências.
Quando essa diversidade de educandos inclui Surdos, a escola deve
estar preparada para realizar todo o processo de inclusão para seu pleno
desenvolvimento e integração na comunidade escolar, além de atuar
conjuntamente com os professores para que ocorra a formação desse
educando em sua língua materna: a Libras
E uma estratégia criada e implantada foi a SALA DE RECURSOS.
Diferentemente do que muitos pensam, o foco do trabalho de uma sala
de Recurso não é clínico. É pedagógico. Nas salas de recursos, um
professor (auxiliado quando necessário por cuidadores que amparam os que
possuem dificuldade de locomoção, por exemplo) prepara o aluno para
desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem o
aprendizado nas aulas regulares.
Os exemplos de aprendizagem são variados. Estudantes cegos aprendem o
braile para a leitura, alunos surdos estudam o alfabeto em Libras para
se beneficiar do intérprete em sala, e todas as outras dificuldades são
trabalhadas. A tarefa tem naquilo que os especialistas chamam de
Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Também vale lembrar que o trabalho não é um reforço escolar, como
ocorria em algumas escolas antes de a nova política afinar o
público-alvo do AEE.
Com o foco definido, o professor volta a atenção para o essencial:
proporcionar a adaptação dos alunos para a sala comum. Cada um tem um
plano pedagógico exclusivo, com as atividades que deve desenvolver e o
tempo estimado que passará na sala.
O CONHECIMENTO E O LÚDICO: ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
Por mais que os equipamentos das salas de recursos sejam importantes,
é a atuação do professor que tem mais impacto na aprendizagem. Entre as
responsabilidades do educador propostas pela nova lei, estão a criação
de um plano pedagógico específico para cada aluno e a elaboração de
material. Nesse sentido, o caminho para uma inclusão efetiva é o
conhecimento especializado do professor.
Portanto, diversificar sua metodologia de ensino se faz necessário, e
o lúdico vem como um caminho para ser adaptado e utilizado pelo corpo
docente. Para isto, também é necessário que o professor tenha este tipo
de conhecimento e saiba a importância dele para o aprendizado de seu
aluno.
A ludicidade está presente na condição humana, sendo um fenômeno
universal da humanidade, em todas as sociedades e culturas, em diversas
etapas da vida, principalmente na infância, é no brincar que se promove a
condição humana e a preparação para a vida adulta; brincar é uma
concepção analisada pelas diversas áreas das ciências humanas.
Nesse sentido, faz-se importante evidenciar o lúdico, os jogos, os
brinquedos e as brincadeiras e, consequentemente, como esses elementos
podem ser relevantes ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças,
sejam elas surdas ou ouvintes. Assim promovendo o que realmente se
propõe a educação, proporcionar aprendizado independentemente da
condição do aluno.
DICAS PARA TRABALHAR COM O ALUNO SURDO EM SALA DE AULA, UTILIZANDO DO LÚDICO
- CONTE HISTÓRIAS
Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala
alunos surdos ou com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e,
ao longo da narrativa, observe se as crianças – mediante, por exemplo,
expressões de admiração, medo, riso, etc. – demonstram compreender o que
está ocorrendo. Utilize objetos: bonecos, bichos, carrinhos, casinhas,
etc. Ao terminar, peça aos alunos que desenhem a história e então
procure perceber no desenho da criança surda os detalhes das cores, dos
tamanhos e, sobretudo, dos sentimentos que se evidenciam no texto: medo,
maldade, alívio, etc.
- FAÇA KITS DE “CONTAÇÃO” DE HISTÓRIAS
Avental de histórias;
Saco de histórias;
Caixa de histórias;
- QUEBRA-CABEÇA
Faça um quebra-cabeça de palavras associando-as um desenho, pois as
imagens constituem um suporte importante no processo de aprendizagem.
- PAINEL DE ALFABETO
Faça um painel com as letras do alfabeto e, na vertical, na direção
da letra, peça aos alunos que colem figuras e escrevam o nome
correspondente.
Ex:
Existem muitos meios e estratégias pedagógicas para trabalhar com o
aluno surdo, mas vemos que é de suma importância que a escola esteja
preparada para ter os recursos necessários, porém a maior importância
está no conhecimento e habilidades desenvolvidas do professor. Por este
motivo temos um curso 100% on-line de Libras, onde o professor poderá
obter este conhecimento e entender melhor o que é trabalhar com este
aluno. Clique aqui e confira o que este curso pode proporcionar, com certeza será surpreendente!
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