Valdeir dos Santos dá aulas de graça em Vila Velha.
Mãe de filhos deficientes auditivos comemora evolução após aulas.
Mãe de dois deficientes auditivos, a dona de casa Gilmara Mascarenhas
só conseguiu desejar 'feliz aniversário’ aos filhos quando o mais novo
já estava com oito anos. Isso porque até encontrar o professor
voluntário de Libras Valdeir dos Santos, ela não conseguia se comunicar
com eles. Hoje, quando já praticamente domina o vocabulário, ela é
apenas uma das tantas pessoas beneficiadas pela boa ação do educador.
Gilmara contou que enfrentou muitas dificuldades até aprender a
linguagem de sinais. Para ela, até a simples tentativa de entender o que
o filho gostaria de comer era uma tarefa complicada.
“Meu maior desespero foi quando meu filho chegou em casa, me pediu pão
com presunto e queijo e eu não sabia o que era. Quando eu vi que ele
estava muito desesperado, eu abri o armário e saí mostrando tudo que
tinha. Ele abriu a geladeira, pegou presunto, queijo, colocou em cima da
mesa, abriu o armário, pegou o pão e colocou lá. Ele foi me mostrando
como se falava cada coisa [na língua de sinais]. E aí foi caindo a ficha
que eu precisava aprender”, contou.
A situação mudou depois que ela encontrou o professor Valdeir.
Voluntário, ele é intérprete de Libras e não cobra nada para ensinar.
“Esse projeto começou em 2013 em uma escola no bairro Santa Rita, onde
tinha uma aluna surda. Eu fiquei preocupado em facilitar a comunicação
dela com os ouvintes”, disse.
A estudante Jhulia Pereira, que não é deficiente auditiva, foi a
primeira aluna dele. O desejo dela em aprender Libras foi tão nobre
quanto a atitude do professor.
“Eu tinha uma amiga que era surda e eu não conseguia me comunicar com
ela na escola. Eu ficava triste, me colocava no lugar dela. Não era
fácil uma pessoa querer se comunicar com várias outras e não poder”,
disse Jhulia.
Valdeir trabalha em duas escolas e ainda faz um curso técnico à noite.
As aulas de Libras são sempre aos sábados, de 8h as 12h, no Centro
Comunitário de Novo México, em Vila Velha. Atualmente, 40 pessoas
participam da aulas.
Em troca, nem um centavo. Apenas o carinho e o sincero agradecimento de quem participa.
“É muito difícil. Às vezes a gente trabalha quase sozinho, não tem apoio, mas eu não quero parar, quero continuar com esse trabalho. O pagamento é o carinho das pessoas. As crianças chegam, abraçam. Isso não tem preço que pague”, disse.
“É muito difícil. Às vezes a gente trabalha quase sozinho, não tem apoio, mas eu não quero parar, quero continuar com esse trabalho. O pagamento é o carinho das pessoas. As crianças chegam, abraçam. Isso não tem preço que pague”, disse.
Aula de Libras do professor voluntário (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/05/voluntario-ensina-lingua-de-sinais-e-muda-vida-de-familias-do-es.html
Obrigado por ajudar a propagar meu trabalho. É difícil sozinho manter um projeto de inclusão, mas acredito aos poucos as coisas vão se acertando. Você pode conhecer melhor o trabalho acessando minha página no Facebook: "Projeto incluir libras" ou "Valdeir Cardoso".
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