Detran não possui tradutor credenciado no Oeste Paulista. Segundo advogada recurso é garantido por lei.
Pessoas com deficiência auditiva encontram problemas no momento da 
realização da prova teórica para tirar a Carteira Nacional de 
Habilitação (CNH), pois não têm um intérprete para traduzir as questões 
para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A prova teórica é feita de forma eletrônica em uma sala do 
Departamento de Trânsito (Detran) na unidade do Poupatempo em Presidente
 Prudente. O Detran afirma que é permitida a entrada de um intérprete ou
 alguém da família para fazer a tradução, desde que também esteja 
presente um outro intérprete designado pelo departamento.
O Detran reconhece que não tem um intérprete credenciado no Oeste 
Paulista, mas que existe a possibilidade de fornecer um profissional 
para fazer a tradução, mas para que ele esteja presente no momento da 
prova, o departamento diz que deve ser avisado com antecedência.
O Detran entende que a lei não obriga o órgão a disponibilizar esse 
profissional, mas segundo a advogada Ana Laura Teixeira Marteli a 
própria constituição estabelece que todos devem ter os mesmos direitos, e
 que existem outras regulamentações que determinam a presença do 
intérprete quando um candidato surdo vai prestar a prova.”Tivemos 
regulamentação em 2004 trazendo a obrigatoriedade desses profissionais 
além de concursos públicos para o provimento dessas funções no Detran”, 
diz a advogada.A advogada entende que o próprio Detran, desde os 
primeiros testes médicos e psicológicos, já sabe que o aluno precisa de 
atendimento especial, mas recomenda que a autoescola ou o candidato 
apresentem com antecipação e por escrito um documento deixando clara a 
necessidade do intérprete.O assistente administrativo Robert Fonseca é 
surdo e já fez as aulas teóricas na autoescola, mas reprovou no exame. A
 falta de compreensão da prova por não ter a presença do intérprete 
prejudicou o rapaz que sonha em ter sua CNH, pois para ele o português é
 a segunda língua, a primeira é libras.
“No dia da prova me senti péssimo, angustiado. Cheguei para fazer o 
exame e a prova era em português, não havia intérprete, pensei que teria
 esse apoio mas não tive. Isso me frustou muito”, diz ele.
O intérprete Thiago Augusto explica que a falta dessa tradução 
atrapalha no resultado final do exame para quem tem deficiência 
auditiva. “Ter uma prova sem interpréte é como se nós fossêmos realizar 
um teste escrito em alemão”, diz ele.
A estudante Maria Carolina Trombete que também não ouve já reprovou 
uma vez na prova teórica e se tivesse o apoio do intérprete estaria nas 
aulas práticas. Ela explica que está preparada pra essa nova fase e que 
tem o conhecimento necessário para ser aprovada na teoria desde que tudo
 esteja na língua que ela entende, a libras.
 http://www.surdosol.com.br/deficientes-auditivos-nao-tem-interprete-para-fazer-prova-de-cnh/

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