RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sábado, 6 de junho de 2015

Professora surda dá aulas na mesma escola (de surdos) em que estudou

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Em um tempo em que a tônica dentro de sala de aula é a da integração entre alunos deficientes e não-deficientes, uma professora surda defende que, pelo menos em relação às crianças surdas, a educação deve ser feita de maneira separada.
Não completamente. Mas, no ensino básico, a professora Thais Ribeiro de Oliveira Ferreira, 28, afirma que é fundamental a criança ser ensinada, primeiramente, em Libras, a língua brasileira de sinais para, depois, aprender o português.
Pode parecer estranho, mas se tratam, de fato, de duas línguas distintas. E as diferenças não estão apenas no fato de uma ser oralizada ou sonora e a outra gestual. Há muito mais para se levar em consideração.
Uma simples entrevista, entre mim e Thais, duas pessoas brasileiras e fluentes em português, precisou contar com o auxílio de uma intérprete, como se a professora fosse uma estrangeira que estivesse falando japonês, idioma desconhecido para mim.
Apesar de defender salas separadas nos primeiros anos de educação formal, Thais afima que a integração entre surdos e ouvintes – termo usado pelos deficientes auditivos para descrever quem escuta – deve ser sempre estimulada.
Segundo ela, muitos surdos acabem voluntariamente se fechando em grupos já que não conseguem se oralizar e, por isso, acabam criando uma identidade própria.
“Cada pessoa surda tem a sua experiência de vida e sua relação com a sociedade. Boa parte dos surdos da minha geração tem amigos ouvintes. Minha opinião é que a integração é totalmente possível”, afirmou.
“Eu faço parte de um grupo de dança com ouvintes. Frequento uma igreja e participo do grupo de ouvintes. A minha geração tem isso de interagir melhor com os ouvintes”, completou, sempre por meio de uma intéprete.
Falar com um repórter que não sabe palavra alguma em Libras é um problema muito pequeno diante do que enfrentou para conseguir o diploma de pedagoga e dar aulas em uma escola paulistana.
“Ainda hoje encontro dificuldades na comunicação. Às vezes vou a uma loja ou a um restaurante e escrevo ou mostro aquilo que quero e, mesmo assim, o atendente não compreende”, afirmou, frustrada, Thais.
Para conseguir estudar, fazer amigos, conversar normalmente com outras pessoas e até mesmo ter uma relação normal com seus pais, que ouvem normalmente, Thais precisou se isolar do mundo sonoro. Por mais paradoxal que isso possa parecer, o surdo precisa se fechar em um grupo para, enfim, começar a ter uma vida social.
Até os nove anos de idade, a jovem não sabia que pessoas surdas como ela existiam. Quer dizer, ela até conseguia entender que havia outros surdos no mundo, mas não imagina que viviam em grupos. Thais, até então, tentava, com muita dificuldade, estudar em uma escola para “ouvintes” – termo usado pelos surdos para descrever, obviamente, quem escuta.
Seus pais, como escutam, tentaram oralizá-la e, de certo modo, tiveram êxito. Mesmo assim, a dificuldade era enorme. Foi quando o pai de Thais ficou sabendo de uma escola para surdos no bairro de Higienópolis, em São Paulo.
“Meus pais viam que eu vivia angustiada. As pessoas me desprezavam porque não conseguia me comunicar direito. Quando conheci o Centro de Educação para Surdos Rio Branco descobri minha identidade como surda”, contou.
Então, aquelas palavras que ela sabia escrever, ficaram mais sentido. Aprender Libras foi um processo rápido. Quase natural.
Ela ficou no colégio até a quinta série, quando foi estudar em uma escola com alunos ouvintes. A diferença é que a jovem contava com alguns colegas da escola antiga e com uma intérprete na sala de aula.
“A inclusão com os ouvintes, então, se deu de forma diferente da minha experiência anterior. Agora, eles tinham curiosidade para aprender a língua de sinais, por exemplo. Comecei a me relacionar normalmente com quem ouvia”, disse.
Ao final do ensino médio, Thais decidiu cursar pedagogia e se tornar professora. Entrou na faculdade junto com outras duas colegas surdas e, com a ajuda de uma intérprete, se formou.
Hoje, ela é professora-assistente na mesma escola para surdos que estudou na infância.
“Eu sirvo como modelo, mostro minha história aos alunos. Eles podem, através daquilo que eu conquistei, perceber suas próprias capacidades”, contou.
Agora, o novo desafio de Thais é contar sua história e inspirar pessoas na Convenção Internacional do Rotary, que anualmente é organizada em algum canto do mundo. Neste ano, de 6 a 9 de junho, a conferência ocorrerá em São Paulo. Com intérprete, com gestos, de forma escrita ou seja lá como for, tudo o que a professora quer é que os surdos sejam ouvidos pela sociedade.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/06/06/professora-surda-da-aulas-na-mesma-escola-de-surdos-em-que-estudou.htm

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