RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sexta-feira, 5 de junho de 2015

10 coisas que você nunca deve dizer a uma mãe de criança surda ou com baixa audição

A Sabine Schaade foi uma das pessoas que me emocionou no lançamento do novo livro em São Paulo. Lembro dela me dizendo “Paula, você não deve lembrar, mas a primeira mensagem que troquei com você o Guilherme tinha 3 meses…” – realmente, fui olhar no meu email e havíamos nos falado pela primeira vez em 2010! O tempo voa! O Gui já é um guri grande e LINDO, com os belos olhos verdes que herdou desta mãe corajosa que não mede esforços por ele. Hoje reproduzo aqui com muito orgulho um post lindíssimo escrito por ela no Filhos Especiais, Pais Abençoados.
ain

Estima-se que no Brasil existem cerca de 9,7 milhões de deficientes auditivos, isso segundo o último Censo realizado em 2010. O que não é pouco. Vivemos em uma época que temos muitas informações, mas a impressão que tenho é que muitas pessoas ainda não sabem lidar com as “diferenças ” e muito menos com a deficiência. E quando se trata de uma criança especial então, nem se fala. Os olhares são inevitáveis. Não sei se é por falta de conhecimento, de interesse ou de algo melhor para falar, muitas pessoas ao se deparar com uma mãe de deficiente acabam magoando aquela mãe com perguntas indiscretas ou comentários sem noção. Ninguém nasce sabendo e perguntar teoricamente não ofende. Mas tudo depende da forma que é feito. Aquela mãe pode ainda estar no processo de aceitação, luto ou até mesmo se criança ainda é muito pequena, aprendendo sobre a surdez. Filho nenhum vem com bula e isso é um algo a mais na vida daquela mãe. Afinal nenhuma mãe sonha em dar à luz a uma criança deficiente. O amor de uma mãe é incondicional, mas nesse caso toda mãe precisa de um tempo. E cada uma tem o seu!
Dito isso vou listar algumas coisas que muitas mães já ouviram.
1) “Tadinho”:
Isso é um comentário quase que unânime em que praticamente todas as mães de crianças crianças deficientes já ouviu. Não é restrito só entre mães de surdos. Nenhuma mãe quer que seu filho desperte pena ou compaixão nas pessoas e sim querem respeito.
2) A “Doença do seu filho” ou o “Probleminha que ele tem”:
Cuidado com as palavras. Deficiência não é doença e tão pouco um problema.
3) “Sinto muito”:
Ninguém precisa sentir muito. Nem muito e nem pouco. Se tem uma coisa que não precisamos é que alguém lamente por nós. Muitas mães assim como eu acredita que nada na vida é por acaso e se nos foi confiado um filho “especial” é porque com certeza saberemos dar conta do recado.
4) ” Eu no seu lugar não saberia lidar com isso”:
Por mais que você queira dizer algo para a mãe, mostrar a sua solidariedade, não diga isso. Toda mãe pode e é capaz de fazer tudo por filho, independente do cuidado que ele precisar. Só quem é mãe sabe do que somos capazes por um filho.
5) ” Ele parece tão normal” “Nem percebi que ele tem alguma coisa”
E quem disse que meu filho é anormal? A surdez não impede e não impedirá meu filho de absolutamente nada. Nenhuma mãe quer que seu filho pareça “normal”, só quer que ele seja feliz e respeitado do jeito que ele é.
6) ” Por que ele nasceu assim? Tem alguém na família deficiente? De quem ele herdou? Sua gravidez foi saudável?”
A não ser que você seja muito próxima, mas ficar querendo invadir a intimidade de uma mãe com tantas especulações e perguntas não é legal. Como já disse, nenhuma mãe sonha com um filho deficiente e muitas vezes nem nós temos essa resposta. Pode ter certeza que em algum momento esse assunto já foi “debatido” na família daquela mãe e por muitas vezes já foi motivo para discussões. Não é raro entre as famílias surgirem acusações de quem é o “culpado” da deficiência do filho. Esse assunto poderá trazer à tona culpas das quais a mãe ainda está tentando se livrar.
7) ” Lembrei de você: Há um tempo atrás conheci um rapaz SURDO E MUDO igual ao seu filho. Ele ele era um amor.”
Isso é um termo que mais irrita e chateia uma mãe de criança surda. De uma vez por todas: Surdo não é mudo! A surdez não impede o surdo de falar. É possível através de acompanhamento com Fono e muito treino. Hoje também podemos contar com a tecnologia e existem vários aparelhos auditivos no mercado. Cada um com a sua potência e indicação. Uns conseguem ouvir mais outros menos, tudo depende do grau da surdez e o tipo do aparelho.
8) “Seu filho fala com gestos e mímica”?
Quem tem um filho que faz uso da Libras fatalmente já ouviu isso ou algo parecido. Muitas pessoas desconhecem que a Libras é uma língua. Acham que são gestos ou mímica isolada… Não, a criança não faz mímica. Ele se comunica com Libras ( Língua brasileira de sinais), inclusive ela foi devidamente reconhecida como a segunda língua do nosso país.
9) Misturar a deficiência com religião. Sugerir, rezas, curandeiros, simpatias, igrejas e etc…
Eu já passei por isso e posso garantir que não tem nada mais constrangedor. O Meu filho não tinha nem 2 meses, eu tinha uma loja e levava ele comigo quando uma pessoa conhecida (conhecida e não amiga), pediu para fazer uma oração para ele. Deixei, pensando comigo que mal teria uma oração? Bom, depois da oração a pessoa me disse que o Guilherme seria curado, mas que isso dependia de mim. Eu tinha que falar para “Jesus” que eu não aceitava ele ter me dado uma criança com deficiência. Achei aquilo o cúmulo do absurdo mas mesmo assim agradeci e disse a ela que jamais questionaria nada que me é dado ou confiado ao contrário, agradeço. A pessoa ainda ficou brava comigo e quando conto isso para outras mães muitas acabam me contando coisas parecidas ou até pior. Então gente não façam isso!
10) “Você não tem medo do futuro do seu filho” ?
E quem não tem medo? Toda mãe tem medo e fica insegura quando imagina seu filho daqui 10, 20 anos independente se o filho tem ou não alguma deficiência. Por isso temos que prepara-lo para o mundo!
Acho que consegui fazer um apanhado das coisas que ouvimos por aí. Se pudesse falar algo para alguém que não sabe ou não convive com pessoas “especiais” é: Use o bom senso. E Quanto menor for a criança tenha ainda mais cuidado e cautela. É ainda um momento de descobertas, conhecimento e aprendizado para a mãe. Mas se por acaso acontecer ao contrário de a mãe chegar e desabafar: Escute-a! As vezes acontece de ser mais fácil desabafar com pessoas conhecidas ou até mesmo estranhas do que pessoas da própria família. Então deixe a mãe desabar e quando for falar algo, diga coisas positivas. Jamais, nunca, em hipótese alguma critique, julgue ou questione as escolhas de uma família! Cada um sabe o que faz com o seu filho e não cabe a você saber o que é o melhor para uma criança que não é sua!
Um beijo,
Sabine Schaade
(Mãe do Guilherme de 5 anos, surdo profundo bilateral, usuário de Implante Coclear e estuda em colégio Bilíngue onde a primeira língua é a Libras)
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Eu e o Gui no lançamento do novo livro em São Paulo! <3 div="">
 
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