Que Rondam a Convivência entre Surdos e Ouvintes
- Mito: Para que é que eu lhe falo
se ele não me ouve?
- Realidade: A criança precisa
sempre de viver num clima de comunicação, tanto oral como não oral, o mais
natural e feliz.
- Mito: A pessoa surda é uma pessoa sem linguagem.
- Realidade: Ter uma linguagem
diferente não é o mesmo que não ter linguagem. A linguagem está na natureza do
homem. A pessoa surda, de uma maneira que lhe é própria, comunica. Importa que
nos ponhamos à escuta.
- Mito: A criança surda que usa
aparelho auditivo ouve tão bem como qualquer pessoa ouvinte.
- Realidade: A criança surda quando
usa aparelho ouve melhor a linguagem oral mas, não significa que assim passe a
ter uma audição perfeita.
- Mito: Um surdo quando fala,
entende e satisfaz assim as suas necessidades de pessoa que comunica.
- Realidade: Quando um surdo fala
nem sempre manipula totalmente o processo da palavra e não é só através dela
que se expressará da forma mais completa e satisfará as suas necessidades de
comunicação.
- Mito: A criança surda é
fisicamente agressiva.
- Realidade: A forma gestual,
mímica e corporal de comunicação pode levar a exprimir que se está em
desacordo, aborrecido ou zangado de uma forma, para nós, mais agressiva, porque
tem que ser expressa rápida e fisicamente. Isto não quer dizer que a criança
seja mais agressiva. Outras crianças utilizam palavrões cuja agressividade pode
ser idêntica ou maior.
- Mito: O surdo é desconfiado.
- Realidade: Se o interlocutor não
for claro e não a esclarecer sobre o que se está a passar à sua volta, é
difícil para a pessoa surda estar confiante.
- Mito: As crianças surdas que
falam mal (ou não fala,) são intelectualmente menos desenvolvidas que as
crianças ouvintes.
- Realidade: Não se deve confundir
domínio da linguagem oral com domínio de pensamento. A criança surda não é
obrigatoriamente uma criança com desenvolvimento intelectual afetado.
- Mito: Todos os surdos fazem
facilmente a leitura labial.
- Realidade: Não é fácil fazer
leitura labial. É necessário fazer-se uma aprendizagem e a pessoa que fala tem
de ser muito clara e sem exageros de adição.
- Mito: " o gesto é
tudo"- portanto é fácil entender a linguagem gestual sem aprendizagem.
- Realidade: Os gestos não
são" transparentes". A relação entre o gesto e o seu significado é
muitas vezes lógica mas não é imediata.
- Mito: A comunicação gestual entre
os surdos não é uma língua.
- Realidade: A comunicação gestual
estabelecida entre surdos tem todos os critérios que definem uma língua.
"Não é a surdez que define o destino das pessoas, mas o resultado do olhar da sociedade sobre a surdez." Vygotsky
FONTE:
http://ticisouza.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html
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