Projeto Som na Pele foi idealizado pelo professor Irton Silva e tem apoio do Sesc; aulas acontecem às quartas-feiras.
Na Escola Municipal Severina Lira, localizada na Tamarineira, alunos
com surdez total ou parcial têm a oportunidade de participar de oficinas
musicais e conhecer os principais ritmos de nossa cultura popular, como
maracatu de baque virado, frevo, samba e ciranda. A iniciativa faz
parte do Projeto Som na Pele, realizado em parceria com o Serviço Social
do Comércio (Sesc) de Casa Amarela.
A ideia surgiu a partir do interesse do professor e músico Irton
Silva, conhecido como Batman Griô, de trabalhar a música com pessoas
surdas. Desde 2009, o professor leva a música para deficientes auditivos
de vários bairros do Recife. A primeira oficina realizada na Escola
Severina Lima foi no ano de 2014 e, desde então, o músico vem notando
uma certa diferença no comportamento dos alunos. “Observo que os
estudantes estão cada vez mais concentrados e se sentindo felizes em
participar de uma coisa que alguns julgariam impossível. Isso é o mais
importante”, revela.
As oficinas são realizadas todas as quartas-feiras, com a
participação até de alunos surdos que não estudam mais na unidade de
ensino. As aulas são elaboradas pelo professor Batman e também pelo
grupo Batmacumba, formado por jovens com surdez total ou parcial, com
idades entre 15 e 29 anos. “O Projeto Som na Pele é pioneiro na música
participativa com pessoas surdas. Elas têm a oportunidade de sentir de
perto as sensações que a prática de um instrumento de percussão nos
proporciona”, destaca.
Batman utiliza sinais de libras, criados por ele, para ensinar os
alunos a tocarem os instrumentos. Além disso, criou um sistema de luzes
chamado de Metrônomo Visual, equipamento que utiliza um sequenciador
eletrônico e uma combinação de lâmpadas – de cores e tamanhos variados –
representando a estrutura de um compasso musical e fazendo a descrição
visual das frases rítmicas.
De acordo com a professora do Atendimento Especial Especializado
(AEE) Luciana Lopes, o projeto abriu a mente dos alunos. “Os estudantes
entenderam que podem ser o que quiserem, não importando as dificuldades.
Alguns deles não tinham respeito por outros colegas que também têm
deficiência, mas depois das aulas, isso mudou”, relata.
http://www.surdosol.com.br/alunos-surdos-aprenderam-a-tocar-instrumentos-em-escola-municipal-do-recife/
http://www.surdosol.com.br/alunos-surdos-aprenderam-a-tocar-instrumentos-em-escola-municipal-do-recife/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTE AQUI NO BLOG!!!
SEU COMENTÁRIO FAZ TODA DIFERENÇA!!!
Um comentário é o que você pensa, sua opinião, alguma coisa que você quer falar comigo.
BJOS SINALIZADOS.