RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Seg, 08/09/2014 às 08:34

Surdos e cegos querem espaço no Legislativo

  • Professor Milton, surdo e mudo, é candidato a Deputado Federal pela Bahia
Candidatos cegos e surdos que disputam uma cadeira no poder legislativo ainda são raridade em todo o País. Entre os 170 mil surdos que vivem na Bahia, identificados no último censo do IBGE, por exemplo, um deles é candidato nas eleições deste ano. Professor Milton (PSB), seu nome de urna, candidato a deputado federal é surdo desde que nasceu e, por isso, também não fala.
E ele quer uma cadeira justamente no Parlamento, local onde, como diz o nome, os políticos ocupam a tribuna para falar, discursar (parlar = falar no idioma italiano). Contradição? "Não", sinaliza Milton Bezerra, 57 anos, com certa indignação.

"Cansei. Cansei porque os candidatos procuram os surdos, pedem votos e deixam a comunidade sem resposta ao que precisamos. Nada sobre nós, sem nós", sinaliza ele, referindo-se ao fato de que só representa o surdo quem é surdo. No Brasil são mais de 2,4 milhões de surdos (IBGE).
Milton, que também é fundador do Centro de Surdos da Bahia, foi entrevistado com a ajuda de uma intérprete, sua esposa, Marcia Araújo, formada em Letras e Libras (sigla para a Linguagem Brasileira de Sinais). Ele respondeu às perguntas sinalizando em libras. E fazendo certas "caretas" que para os surdos - e isso pouca gente sabe -, são na verdade a pontuação e entonação da linguagem de sinais.
Em todo o País, junto com ele são, pelo seu levantamento, mais três candidatos surdos nas eleições proporcionais, nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. O recado é certo: vida de surdo não é brincadeira. De candidato surdo e mudo, então, avalie o eleitor.

Promessas

Fato é que Milton está na disputa por uma cadeira na Câmara Federal e promete, se eleito, rever e criar leis que podem ter impacto profundo na vida dos surdos. Suas bandeiras são muitas. Quer aprender a dirigir? Não há escolas com intérpretes para surdos nas aulas.
Antes disso: crianças surdas de famílias de baixa renda não têm escolas para alfabetizá-las. Assim, crescem sem aprender a ler e a escrever.
"Defendo a escola bilingue", sinaliza ele. A língua de instrução do surdo é a libra. A segunda língua é o português, o código escrito. Dos mais de 2 milhões de surdos no País, acrescenta, 60% não lêem e escrevem corretamente porque não foram devidamente educados.
Por isso outra das promessas do candidato é a janela com intérprete obrigatória em todos os programas da televisão. Até no bolso o surdo sai perdendo para os cegos e cadeirantes. A isenção de IPI para compra de carro usado só se aplica aos dois últimos. "Assim não dá", reclama.
E se o surdo quiser ser atleta profissional e competir nos grandes eventos também não pode: nas Olimpíadas, o surdo não é aceito pois estaria em desvantagem em relação aos demais atletas. Nas Paraolimpíadas, sai em vantagem em relação aos cegos e cadeirantes. Placar: o surdo fica no zero a zero.

Facebook

Sem patrocínio privado de campanha, Milton conseguiu  ajuda para campanha (panfletos, cartazes) aparecendo ao lado de outros candidatos da legenda como a candidata ao Senado na chapa de Lídice da Mata, a ex-ministra Eliana Calmon; da vereadora Fabíola Mansur e Rodrigo Hita.
Como faz para pedir votos? Leva a esposa para onde quer que vá. E, agora, aposta na internet, no facebook e whatssap, espaços onde os surdos, sinaliza Milton, "estão se revoltando nessas eleições".
De fato, no facebook de Milton há diversos amigos surdos. Alguns lembram que até mesmo para escolher candidato para votar fica difícil: a propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão não tem a janela com intérprete.
E se for eleito, como fará para que todos compreendam seu discurso no Plenário da Câmara Federal? Há intérpretes lá, lembra ele. E completa: na Assembleia Legislativa da Bahia e na Câmara Municipal de Salvador é que o surdo ainda não tem vez.

 http://atarde.uol.com.br/politica/eleicoes/noticias/surdos-e-cegos-querem-espaco-no-legislativo-1620897

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