Em 26/09/2014 16:59h
Atividade na Casa de Ensaio, buscou a interação entre crianças e adolescentes
surdos e ouvintes.
No último senso do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a deficiência auditiva severa foi declarada por 2.143.173 pessoas, sendo 344.206 pessoas surdas (0,2%) e 1.798.967 pessoas com grande dificuldade de ouvir (0,9%). Nesse Dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de setembro, a inclusão entre os surdos e ouvintes continua sendo uma das principais dificuldades a ser enfrentadas pelas famílias e educadores. Essa é a opinião do instrutor surdo do CEDADA (Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação), Renato Borges Daniel.
Uma atividade realizada nesta sexta-feira(26), na Casa de Ensaio, buscou a interação entre crianças e adolescentes, surdos e ouvintes. A ação faz parte do chamado ‘Setembro Azul, em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania.
A data lembra a inauguração da primeira escola para Surdos no país em 1857, atual INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) e o reconhecimento da Lei Nº 10.436 de 2002, assinada pelo ex-presidente, Luis Inácio Lula da Silva, que reconhece a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), como língua natural.
“A maior dificuldade para o surdo continua sendo a comunicação, principalmente porque muitas entidades e órgãos públicos não possuem um intérprete disponível para atender o surdo. O surdo é um cidadão, no entanto, acaba não podendo usufruir de tudo o que a sociedade possui”, avalia a professora intérprete do CEADA, Beatriz Maria Santos Lima Duo.
A maior dificuldade para o surdo continua sendo a comunicação,avalia a professora
interprete do CEADA, Beatriz Maria Santos Lima Duo.
Ela explica que em relação ao preconceito, "as pessoas pensam que o surdo não tem capacidade porque não consegue se comunicar na língua oral falada e precisa de um intérprete, de uma pessoa para acompanhá-lo".
Para Cristiane Alves, coordenadora do CEADA, o surdo vive um bom momento com a divulgação da língua de sinais e a instituição da na Lei Nº 10.436, que reconheceu a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como uma língua natural. “Esse reconhecimento possibilitou a regulamentação de uma nova profissão que é a do intérprete de Libras. Esse avanço fez com que os surdos tenham mais possibilidade de estudar e interagir com os ouvintes e adotar lutas políticas, organizados em associações e movimentos populares, a reafirmarem e reivindicarem seus direitos”, ressaltou.
Para Cristiane Alves coordenadora do CEADA, o surdo vive um bom momento com
a maior divulgação da língua de sinais.
A professora, Marlene Santos Gueiros, professora do CEADA e intérprete na UCDB, classifica o 26 de setembro como: “Um dia muito especial porque marca um avanço muito grande por parte dos surdos e familiares. É preciso fortalecer a luta pelos direitos embora tenham sido conquistados é preciso colocá-los em prática de maneira efetiva”, disse.
“No dia nacional do surdo, avançamos muito em termos da questão da língua, que é o propulsor para o aprendizado. Isso é muito gratificante, hoje eles podem se valorizar porque a diferença é gritante para o surdo alfabetizado na época do oralismo para a aquele alfabetizado pela Língua de Sinais, tanto no campo pessoal como profissional”, salienta, Maria das Graças de Matos, a primeira professora na educação de surdos em Mato Grosso do Sul.
Grupo de professores e intérpretes: profissão de fé.
A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), foi representada pelo secretário de políticas municipais, professor, Ademar Rosa Plácido. “A FETEMS tem uma tradição de luta pela Educação Inclusiva e não poderíamos deixar de estar presentes neste evento, que luta para a integração dos surdos em todos os níveis”, salientou.
http://www.fetems.org.br/novo/nw.php?nw=6432
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