RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Filmes dublados privam surdos no cinema


Empresários alegam que procura por filmes legendados atinge só 30%
A falta de filmes com o idioma original e acompanhados de legenda torna as salas de cinema praticamente inacessíveis aos deficientes auditivos, que teriam a legenda como única opção. Segundo representantes de redes de cinemas com salas em Limeira, a situação ocorre porque a procura por filmes dublados chega a ser de 70% em relação aos legendados.
Professora intérprete de alunos surdos, Fernanda Rodrigues da Silva julga como equivocada a decisão dos cinemas, em geral, por optar por produções dubladas. "Eu mesmo não gosto de filme dublado e já fico frustrada por não encontrar as produções no meu gosto. Imagine os alunos que têm deficiência auditiva? Eles ficam extremamente chateados pela atual tendência dos cinemas, pois são privados de acompanhar filmes", diz.
Fernanda também alega que a lei de acessibilidade deveria ser seguida pelos cinemas, de modo a garantir o acesso aos deficientes auditivos. Ela se refere à Lei 10.098/2000, que traz como norma os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens a adotar um plano de medidas técnicas, com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitulação durante as atividades.
De acordo com a coordenadora do Centro João Fischer, que atua na área de surdez, Regina Célia Pereira, há a necessidade não apenas de manter os filmes legendados, como também integrar uma janela de interpretação nas salas de cinema. "Desta forma, não apenas as crianças com deficiência auditiva alfabetizadas teriam acesso aos filmes", diz.
No João Fischer, há 43 surdos e apenas 30% são alfabetizados. Ela explica que a integração de libras ajudaria a todos a terem acesso ao cinema. "O legendado ajuda a uma parcela, mas essa ação, a de por janelas de libras, seria ainda melhor para que eles pudessem se divertir", explica.
SURDOS
Para os alunos de uma escola estadual de Limeira que possuem deficiência auditiva e são alfabetizados, retirar filmes legendados do cinema é algo negativo. Fernanda, que é professora desses estudantes, explica que uma das maiores frustrações dos alunos foi ter lido o livro "A culpa é das estrelas" e não conseguiram assistir ao filme, pois todas as sessões em Limeira eram dubladas.
Para o estudante Clismon Moreira Souza, 17, que é deficiente auditivo, há um sentimento de revolta quando algum filme de seu interesse não tem a opção legendada. A opinião do estudante foi obtida após a interpretação da professora, que traduziu para a reportagem a conversa do jovem em libras. "Quando dá vontade de ver algum filme em lançamento, vou ao cinema e vejo placa escrito dublado, fico bravo. Olho para os ouvintes e vejo que eles podem assistir o que eles querem, mas surdos não. Parece até que somos presos", desabafa.
Ele ressalta que as pessoas precisam entender que os surdos também querem assistir filmes como os ouvintes e que isso é um direito. "E para os ouvintes, se fosse em japonês sem legenda? Eles ficariam satisfeito?", questiona.
Outra estudante com deficiência auditiva, Thalita Aparecida, 15, também revela que fica desapontada quando o filme não tem legenda no cinema. "O filme precisa ser legendado, eu já reclamei, mas não adianta nada. Se tem a lei, precisa obedecer, é direito do surdo", opina.
CINEMAS
Supervisor do cinema da rede Arcoplex no Pátio Limeira Shopping, Osmar Caldera, explica que a decisão (de mais filmes dublados) não depende do cinema e sim das distribuidoras. "Elas decidem várias coisas quanto aos filmes, quanto tempo fica em cartaz, o idioma, entre outros detalhes", diz.
Ele explica que as distribuidoras alegam que há mais procura por filmes dublados que legendados.
De acordo com superintendente do Shopping Center Limeira - que conta com salas da rede Centerplex - Alexandre Gabriel, há chance da situação mudar até o final do ano. "O cinema fez obras de readequação nos últimos meses, com uma nova tecnologia capaz de trazer melhorias na questão de filmes dublados ou legendados. Isso deve ocorrer até dezembro", diz.
O Jornal de Limeira tentou contato com representantes da rede Centerplex por quatro dias, mas não teve retorno.

 http://jlmais.com/detalhes/14237/filmes-dublados-privam-surdos-no-cinema

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