Atividade será traduzida na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Ampliar a acessibilidade cultural em Natal. Este é o principal
objetivo de “Narrativas do Silêncio”. Idealizado e produzido por Daniely
Evelly e Fábia Fernandes, alunas do curso de Tecnologia da Produção
Cultural do IFRN, o projeto constitui um grande desafio: promover uma
oficina de fotografia com pessoas surdas, culminando com a realização de
uma exposição que reunirá uma mostra do trabalho produzido pelos
participantes. Para tanto, a oficina terá que ser inteiramente traduzida
na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Ministrada pelo fotógrafo José Aglio (Designer Industrial e Fotógrafo
Still), com tradução de Rogério Rayknnem, a oficina terá aulas teóricas
nos dias 26, 27 e 30 de novembro de 2015, das 18h30 às 20h30, no Campus
Cidade Alta do IFRN, e atividade prática no sábado, 28 de novembro, das
14h00 às 16h00, no Parque das Dunas. Já, a exposição fotográfica será
realizada na Pinacoteca do Estado, na Cidade Alta, com abertura em 7 de
dezembro, estendendo-se até 7 de janeiro de 2016.
“Narrativas do Silêncio” é um exercício prático das disciplinas de
Elaboração e de Desenvolvimento de Projetos, integrantes da grade
curricular do curso de Produção Cultural do IFRN. A proposição foi
inscrita e contemplada no Edital nº 02/2015 do Sebrae/RN, destinado à
seleção de projetos ligados à Economia Criativa. As vagas são limitadas,
com inscrições gratuitas sendo realizadas na sede da Associação de
Surdos de Natal – ASNAT, no Centro de Atendimento às Pessoas com Surdez –
CAS/Natal e no Centro de Saúde Auditiva SUVAG-RN.
Conquista – A acessibilidade cultural é uma conquista das pessoas com
deficiência. Em termos gerais, o direito é consagrado pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos, mas está especificado na Convenção
Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada por
unanimidade pela ONU em 2007 e ratificada pelo Brasil em 2009.
Acessibilidade cultural implica reconhecer o direito das pessoas com
deficiência de participar da vida cultural, em base de igualdade com as
demais pessoas. Tanto no que diz respeito à fruição de bens e serviços,
quanto ao acesso a materiais e atividades que favoreçam o fazer
artístico-cultural.
Há poucas experiências de ações e políticas culturais de
acessibilidade em nosso país. Em geral, elas se reduzem à perspectiva da
acessibilidade física do espaço. “Narrativas do Silêncio” é uma bela e
bem-vinda exceção, concebida em um laboratório que, com certeza, ainda
renderá muitos outros bons frutos.
http://www.surdosol.com.br/projeto-promove-oficina-de-fotografia-para-surdos/
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