16/03/2013 15h29
- Atualizado em
16/03/2013 15h34
Estudante foi acompanhando por intérprete sem habilitação durante um ano.
Su de MG não dispõe de profissionais qualificados para atender a demanda.
Uma mãe conseguiu na Justiça um intérprete especializado em libras para ajudar o filho com deficiência auditiva em uma escola pública de Alpinópolis (MG). Vinícius Pinheiro está no 7º ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual Dom João VI, mas não tem o acompanhamento de um profissional especializado, conforme determina a lei.
Segundo a Constituição Federal, a lei garante um sistema educacional inclusivo em todo o país, sem discriminação e com igualdade de oportunidades. Um aluno não pode ser excluído por ser portador de qualquer tipo de deficiência, mas na prática, nem sempre funciona.
Estudante precisa de intérprete para ter bom aproveitamento escolar (Foto: Reprodução EPTV)
Para a professora de língua portuguesa Lílian Damasceno Cunha, existem dificuldades em ter um aluno deficiente. “As aulas não podem ser específicas, já que prejudica o restante da classe e isso acaba prejudicando a Amanda na hora de prestar atenção nas aulas”, disse.
Mãe conta que precisou recorrer à Justiça para ter direito garantido (Foto: Reprodução EPTV)
Questionada, a direção da escola disse que buscou um profissional para atender os dois alunos com deficiência auditiva matriculados na instituição, mas não conseguiu. “Nós abrimos até mesmo um edital para contratação, mas ninguém alcança a nota precisa na prova”, esclareceu a diretora, Rosemeire Cardoso Freire Faria.
Na Secretaria Regional de Educação de Passos (MG), a qual pertence o município de Alpinópolis, existem apenas 20 profissionais em libras, divididos em 16 municípios.
O coordenador do Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), Roberto dos Santos Pinto, há muitas dificuldades em encontrar profissionais qualificados em libras. “A função do CAS é especializar a pessoa com um curso de 180 horas, mas depois este candidato tem que correr atrás e se especializar cada vez mais”, destacou.
http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2013/03/mae-consegue-interprete-de-libras-na-justica-para-filho-em-escola-publica.html
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