RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

quinta-feira, 16 de maio de 2013

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO PARA SURDOS

A terapia com surdos é uma tarefa penosa, que requer muita dedicação e paciência, pois além do surdo, o trabalho se estende à família, um dos principais focos dos conflitos da pessoa surda. Poucos se dão conta da dimensão do sofrimento psicológico e moral do surdo. A falta de comunicação, o isolamento, o preconceito, fazem do surdo um ser dependente do ouvinte, ainda que tenha conseguido avançar em sua educação e desenvolvimento cognitivo. Essa dependência reduz sua auto-estima, produzindo conflitos que muitas vezes são interpretados equivocadamente como comportamentos típicos do surdo, como: agressividade, intolerância, individualismo, incapacidade intelectual, quando na verdade essa visão resulta do desconhecimento do mundo dos surdos. Contudo, não se pode negar que a cada dia os surdos progridem em suas conquistas e afirmação como cidadãos.
Abordagens clínicas e terapêuticas
Muitas vezes me perguntam qual a abordagem terapêutica que adoto no atendimento ao surdo. É uma curiosidade natural. Afinal os psicólogos seguem geralmente uma tendência teórica pela qual tem afinidade e preferência. Mas eu afirmo que se nos limitarmos a uma única abordagem terapêutica no caso dos surdos, vamos restringir nosso campo de ação.Há um universo muito amplo de variáveis e especificidades no tratamento psicológico do surdo.
É preciso considerar:
a)     Faixa etária
b)     Período de aquisição da surdez ( pré ou pós-lingual)
c)     Nível de capacidade auditiva ( leve, moderada, severa, profunda, uni ou bilateral)
d)     Outras sequelas ( motoras, neurológicas, surdocegueira)
e)     Ambiente familiar
f)      Nível de oralidade/ leitura labial e sinalização em língua de sinais
g)     Nível socioeconômico
h)     Preferências sexuais (atualmente existem associações de surdos gays)
i)       Envolvimento com drogas e atividades ilícitas
Essa gama de condições e peculiaridades exigem do terapeuta uma postura profissional eclética, além da possibilidade de ter que intervir com aconselhamento em conflitos familiares, judiciais e nas relações de trabalho.
Não basta, portanto, dar consultas no consultório, e torcer para que o surdo resolva seus problemas. É fundamental que o terapeuta esteja aberto a uma visão holística do atendido, em suas dimensões física, mental e espiritual ( no sentido de espiritualidade e não de religiosidade).
Não se descarta, portanto, o uso de técnicas e procedimentos da terapia comportamental, cognitiva, gestaltista, e mesmo psicanalítica, e de outras abordagens. Cada caso requer procedimentos próprios e compatíveis com a especificidade do cliente. Sem falar na necessidade do trabalho interdisciplinar, com o fonoaudiólogo, o psicopedagogo, o psiquiatra e outros profissionais.
Na condição de terapeuta de surdos, muitas vezes precisei participar de audiências na justiça, em processos criminais e  de direito de família, para justificar laudos, esclarecer condutas do cliente diante do juiz, bem como visitar empresas para dialogar com empregados e chefes ouvintes, com o objetivo de melhorar as relações de trabalho.

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