RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sábado, 23 de março de 2013

Instituição oferece filmes com tradução em Libras e audiodescrição para serem assistidos em casa


Instituição oferece filmes com tradução em Libras e audiodescrição para serem assistidos em casa


Por Sandra Balbino / Fotos Divulgação/Arpef




Mesmo quem não vê ou não ouve pode assistir a um bom filme, comendo pipoca e tomando um refrigerante geladinho em casa. Isso é acessibilidade à cultura nacional por meio de mais uma iniciativa da Associação de Reabilitação e Pesquisa Fonoaudiológica (ARPEF), no Rio de Janeiro. O projeto, patrocinado pela Petrobras, agora se chama “Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito – Versão Videoteca” e agrega também pessoas com deficiência visual. Nas duas edições anteriores, o programa beneficiava somente os surdos.
Essa nova versão foi idealizada pela fonoaudióloga Helena Dale, em parceria com o Centro de Produção de Legendas (CPL), onde são produzidas as legendas ocultas dos filmes da mostra Cinema Nacional Legendado do Centro Cultural Banco do Brasil e da programação da Rede Globo de Televisão.
Helena explica que as mudanças ocorreram por conta da demanda das pessoas com deficiência auditiva de outros Estados. “Começamos a pensar na Versão Videoteca como uma forma de levar cultura a esse público, e a quem, por um motivo ou outro, ou mesmo por comodidade, prefere assistir aos filmes em casa, com amigos ou família”.
Na primeira edição da Versão Videoteca, em 2006, foram apresentados 60 filmes nacionais legendados encaminhados a 100 instituições de surdos em todo o Brasil. Na versão atual, já foram distribuídos 30 filmes em associações e escolas para surdos e outros 30 para associações e escolas para deficientes visuais. Entre os títulos distribuídos estão: “Chico Xavier’, “Lula, o Filho do Brasil”, “Se Eu Fosse Você”, “Tropa de Elite”, “Saneamento Básico”, “Zuzu Angel”, “Era uma vez”, “Os Normais 2”, “Divã”, “Linha de Passe”, “Ó Paí, Ó”, “A Mulher Invisível”, entre outros. O objetivo é levar entretenimento para locais e onde a mostra “Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito” não chega.


Como obter os filmes
As associações que recebem o material da Videoteca podem até mesmo alugar (a preço simbólico) os vídeos. Entretanto – e isso Helena deixa bem claro – não podem comercializar os filmes sob forma alguma, somente alugar ou emprestar. “Fizemos isso como maneira de auxiliar essas instituições, que quase não contam com recursos para se manterem. É um modo de estimular as filiações às associações representativas”, diz a mentora.
Para fazer parte do projeto e receber os filmes existem dois pré-requisitos: a associação, escola ou ONG deve estar filiada à Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) ou à Organização Nacional de Cegos do Brasil. A outra regra é que as produções só podem ser exibidas domesticamente. Entre cegos e surdos, a iniciativa contabiliza mais de 500 mil beneficiados até agora.
A fonoaudióloga enumera os benefícios de projetos culturais como este: “Em relação aos surdos, a contribuição é notória. A possibilidade de ver esses filmes alia o prazer aos ganhos no domínio da língua escrita, já que eles aprimoram a leitura a partir dos múltiplos imputs que a legenda em um filme determina. E quanto aos cegos, o relato mais constante refere-se à satisfação de assistir a um filme de forma independente, e compreendendo efetivamente a obra”.


Serviço

Associação de Reabilitação e Pesquisa Fonoaudiológica (ARPEF)
Rua 19 de Fevereiro, 163
Botafogo – Rio de Janeiro – RJ
E-mail: arpef@arpef.org.br
(21) 2542-6994

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS)
Rua Santa Sofia, 139– Tijuca
Rio de Janeiro – RJ
E-mail: feneisrj@feneis.org.br
(21) 2567-4880
Organização Nacional dos Cegos do Brasil (ONCB)
Site: http://www.oncb.org.br
Pessoas com deficiência, mas não insensíveis
Somente um surdo ou cego pode realmente descrever a sensação de ver e entender um filme, sem ouvi-lo ou vê-lo. “A sensação do ‘eu também posso’ é quase que impossível de relatar. Além disso, as produções me ajudam a melhorar o português”, declara Fernanda de Araújo, 31 anos, atriz e professora de Libras. A surda explicou ainda que alguns recursos como o Closed Caption a auxiliam muito durante a apresentação. “Assim eu posso alterar o posicionamento da legenda para saber quem está falando e entender os ruídos que são transcritos, como por exemplo, o latido de um cachorro ou o rangido de uma porta”, conta. O ator e cineasta Nelson Pimenta, 47 anos, vai pelo mesmo caminho. Surdo e não oralizado, ele afirma que a legenda o ajudou muito. “A primeira vez foi difícil, mas aos poucos, comecei a ler as legendas. Hoje peguei prática”, revela. O estudante de Letras e Libras, Gabriel Finamori, 22 anos, confessa que quando não tem Closed Caption, seu maior problema é com os filmes de terror. Ele conta que tem dificuldades, nesses casos, por não haver qualquer tipo de legenda que indique o que está acontecendo. Mas nem tudo são flores e elogios. O pedagogo Ulrich Palhares, 23 anos, faz críticas ao sistema de legendas. “O visual das legendas precisa de mais qualidade. Ainda há muito a ser melhorado”. A atriz e professora de Libras, Rosana Grassi, 31 anos, concorda. “A legenda é importante para o surdo, mas deve ser aprimorada”. Críticas e elogios à parte todos são unânimes em louvar a iniciativa. E quando o assunto é filme preferido parece combinado mas não foi: o número um é “Chico Xavier”.
Cego, mas vê Para o advogado Luiz Cláudio Rodrigues, presidente da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro (Adverj), a parceria com o CPL está trazendo bons frutos. Isso porque, segundo ele, pessoas com deficiência visual e com baixa visão têm mais facilidade de compreensão e entendimento do que está no vídeo ou na tela. “Podemos considerar como um ganho significativo em relação à acessibilidade”, avalia.

 http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/63/artigo211488-1.asp

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