RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sábado, 23 de março de 2013

Depois de libras, a língua portuguesa


Depois de libras, a língua portuguesa


Esse aprendizado ajuda na comunicação dos surdos com a sociedade


Por Eduardo Lucizano Fotos Shutterstock



 
Quem procura uma profissão ou busca o sucesso na carreira, sabe que é essencial o aprendizado de uma segunda língua. Para as pessoas com deficiência auditiva essa atitude significa a busca pela melhora do convívio social. "Aprender é fundamental, pois apesar de ter a Libras como primeira língua, o surdo necessita aprender o português na modalidade escrita como segunda língua, para se comunicar e ter acesso ao conhecimento e à cultura local", explica Mônica Gargalaka, pedagoga, especialista em educação de surdos e uma das responsáveis pelos projetos do segmento na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
O contato com a língua portuguesa, na maioria das vezes, é tardio, porque normalmente os pais são ouvintes. A criança surda tem inicialmente o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras), totalmente diferente da língua utilizada pela sociedade ouvinte, o que atrapalha a comunicação em geral. Assim, é necessário criar meios para ensinar o português às pessoas com deficiência auditiva, pois trata-se da língua oficial, embora seja uma segunda língua para eles, o que exige um processo formal de aprendizagem. Mas primeiro, é preciso estudar um plano de ensino e qualificar os professores, para que estes sejam capazes de atender os alunos.
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo criou o Programa Inclui, que tem como objetivo reestruturar as escolas especiais da rede municipal e fazê-las escolas bilíngues. Lá, as crianças aprenderiam Libras e língua portuguesa. "A Secretaria tem oferecido a todos os envolvidos na educação destes alunos, cursos de formação e aprofundamento em Libras e ensino de português como segunda língua. Este é um dos principais objetivos: a formação dos nossos professores", fala Mônica.
Para Nelma Carvalho, pedagoga especializada em Educação Especial e professora bilíngue Libras/ Português, a maior dificuldade no ensino é a repetição de palavras que não têm significado para os surdos. "A grande reclamação deles é ficarem repetindo palavras que não têm sentido para eles. Penso que quando se entendem os conceitos das palavras e expressões, o aprendizado se torna mais eficaz", ressalta a especialista.
Outro empecilho encontrado é a maneira como se aplica o ensino. "Até pouco tempo, ensinávamos enfatizando o código da língua, com o objetivo de os alunos dominarem a morfologia e a sintaxe da língua. Percebemos que as dificuldades de leitura e escrita da língua portuguesa são consequências da falta de métodos e procedimentos de ensino adequados. Nos últimos anos, a concepção de língua começou a mudar. Em vez de código, a língua tem sido concebida como atividade discursiva.
E a metodologia se adapta a esta nova concepção", explica Mônica. Quando o aluno já possui conhecimento da Libras, a tarefa de aprender o português é mais simples, afinal, já existe um canal de comunicação aberto.
Há também o questionamento sobre a influência de uma linguagem em outra e ambas as especialistas concordam que não há dificuldades, nem confusão. "Surdos são pessoas inteligentes e assim como qualquer um que está dia nte de alguém que fala outro idioma, se esforçam para se comunicarem de forma clara. Já em sua comunidade, usam libras", comenta Nelma.
A aprendizagem
O método normalmente utilizado explora o mundo visual dos surdos e todo o procedimento gira em torno deste que é o principal meio de comunicação. Em geral, o ensino é em grupo, visto que se inclui aí o fator social e a interação. "Toda a metodologia é bem visual, pois o canal mais importante para o surdo é a visão. É na leitura que as crianças farão suas hipóteses sobre o funcionamento da língua portuguesa. As hipóteses elaboradas visualmente serão testadas à medida que as crianças surdas tenham acesso às atividades que envolvam a escrita", conta Mônica.
Caso o aluno tenha o conhecimento em Libras, a situação é ainda mais favorável. O trabalho é lento, porém mais fácil, já que durante as aulas, sempre existe o paralelo com a língua de sinais. O professor trabalha com temas e por meio dessa estratégia, formula textos com histórias dos alunos, ensinando conceitos, leitura, escrita, entre outros. É claro que o método seria mais eficaz se existisse um material apropriado e voltado exclusivamente para os surdos, ou, quem sabe, até com equipamentos especificamente visuais.
Atualmente, os alunos surdos usam o mesmo material dos alunos do ensino regular, como cadernos de apoio adaptados. De acordo com a Secretaria de Educação, um material voltado especificamente para as pessoas com deficiência auditiva está sendo produzido e deve ser lançado este ano. Enquanto isso, os professores trabalham com o que têm nas mãos e comemoram evoluções. Ainda bem!
A prova de que aprender português é essencial vem das palavras de Renan Santos Souza, de 16 anos: "Hoje tenho mais segurança ao conversar com ouvintes que não sabem Libras. Comemoro minha autonomia ao ler textos e mandar mensagens via internet, celular e cartas", fala.
Ele comenta que ainda aprende português atualmente e que o mais difícil é entender palavras de significado mais complexo. "Tenho ainda dificuldades de gramática, porque a estrutura gramatical de Libras é muito diferente, mas sigo exercitando e sou perseverante", finaliza.
"O papel da Libras na instrução do português escrito é primordial, porque possibilita o conhecimento de mundo e de língua, com base nos quais os alunos surdos poderão atribuir sentido ao que leem e escrevem", explica Mônica Gargalaka, pedagoga e especialista em educação de surdos

Serviço
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
www.portalsme.prefeitura.sp.gov.br 


 http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/64/artigo215266-1.asp

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