De acordo com alguns estudos, percebemos que a surdez já “foi vista por diferentes anglos” através dos tempos. Ao longo dos séculos grandes “batalhas” foram conquistadas até que o reconhecimento e respeito das pessoas surdas fossem garantidos .
No antigo Egito, os surdos eram venerados como deuses. Para aquele povo, os surdos serviam como mediadores entre os deuses e o Faraó, na qual eram respeitados e temidos por todos.
Porém, nem sempre foi assim. Na maioria dos outros países, as pessoas com surdez eram tidas como uma aberração da natureza, maldição lançada pelos deuses. De acordo com o site Surdo.org,
Na antiguidade chinesa os surdos eram lançados ao mar. Os gauleses os sacrificavam ao deus Teutates por ocasião da Festa do Agárico. Em Esparta os surdos eram jogados do alto dos rochedos. Em Atenas eram rejeitados e abandonados nas praças públicas ou nos campos.
Os surdos não eram considerados seres humanos competentes. Diziam que sem a fala não se desenvolveria o pensamento. Aristóteles falava que a linguagem era o que dava condição de humano ao indivíduo.
Para os Romanos, os surdos que não falavam não tinham direitos legais, não podiam fazer testamentos e precisavam de um curador para todos os seus negócios. Eram considerados incapazes de gerenciar seus atos, perdiam sua consição de ser humano e eram confundidos com o retardado.
A igreja católica até a Idade Média acreditava que os surdos não tinham almas, por isso, não poderiam ser considerados imortais porque esses cidadãos não podiam falar em sacramentos.
Desta forma, percebemos o quanto as pessoas com surdez sofreram durantes séculos, na qual nem o reconhecimento como seres humanos tinham. Continuando, o mesmo site diz que os primeiros educadores surdos apareceram na Espanha, no século XVI, entre eles estão,
É na Espanha do século XVI que encontramos os primeiros educadores surdos.
Bartolo Della Marca D´Ancona - Advogado e escritor do século XIV faz a primeira alusão à possibilidade para que o surdo possa aprender por meio da Língua de Sinais ou Língua Oral.
Século XVI encontramos a primeira referência às distinção entre surdez e mutismo, no livro "De Inventione Dialéctica" de Rodolfo Agrícola (1528).
Girolamo Cardamo (1501-1576), médico italiano, declara que os surdos podiam e deviam receber uma instrução. Interessou-se pelo estudo do ouvido, nariz e cérebro porque seu filho era surdo.
Ponce de Léon (1520-1584) Monge benedetino (Onã, Espanha), considerado o primeiro professor de surdos na história e cujo trabalho serviu de base para diversos outros educadores surdos - o verdadeiro início da educação do surdo. Educava filhos de nobres que nasciam com problemas auditivos porque, se fossem os filhos primogênitos e não falassem, não receberiam a herança.>
Juan Pablo Bonet - Filólogo e soldado a serviço do rei se interessou pela educação de um surdo. Luis de Velasco, irmão do capitão-geral do exército. A família de Velasco tinha uma história de surdez familiar e Ponde de Leon foi responsável pela educação de alguns dos descendentes de Luis de Velasco. Sua família deve ter apresentado algumas das técnicas de trabalho de Leon, inclusive o alfabeto manual que usava Bonet se apropriou de alguns desses métodos. Em 1620 Bonetpublica "Reducion de las Letras Y Arte para Enseñar á Hablar los Mudos" em que o alfabeto manual era usado para ensinar a ler e a gramática era ensinada por meio da Língua de Sinais. É o primeiro livro sobre educação de surdos que consiste no aprendizado do alfabeto manual e da importância da intervenção precoce. Ele insistia em que as pessoas envolvidas com uma criança surda fossem capazes de utilizar o alfabeto manual.
Rodrigues Pereire (1715-1780) Tinha fluência na Língua de Sinais, mas defendia a oralização. Utilizava os sinais para instruções, explicações lexicais, conversações com alunos até que pudessem se comunicar oralmente ou pela escrita - nunca publicou seus métodos. Usava diariamente o alfabeto manual.
Outras pessoas que tiveram grande importância na história dos surdos neste período foram : Johann Conrad Amman, John Wallis, Thomas Braiswood, Abée de L' epée.
Dando continuidade na cronologia, chegamos a uma fase importante na história, na qual aconteceram estudos mais aprofundados sobre a deficiência.
1790 - Abbi Card é nomeado diretor do Instituto Nacional de Surdos-Mudos (Paris) no lugar de L' Eppe. publicou dois livros : uma gramática geral e um relato detalhado de como havia treinado Jean Massieu (surdo). Massieu se tornou um famoso professor e começara a enfrentar as acusações do oralismo alemão.
1814 - Jean Marc Gaspard Itard, médico cirurgião se tornara médico residente do Instituto Nacional de Surdos Mudos (Paris). Estudou com Philipe Pinel, seguindo os pensamentos do filósofo Condillac, para quem as sensações eram a base para o conhecimento humano e que reconhecia somente a experiência externa como fonte de conhecimento. Dentro desta concepção eras exigida a erradicação ou a "diminuição" da surdez para que o surdo tivesse acesso a este conhecimento.
Vale destacar que esse último pesquisador, Jean Marc, para poder ter um maior conhecimento sobre as causas da surdez,
Dissecou cadáveres de surdos; Aplicou cargas elétricas nos ouvidos dos surdos; Usou sanguessugas para provocar sangramentos; Furou as membranas timpânicas de alunos (um aluno morreu por este motivo); Fraturou o crânio de alguns alunos; Infeccionou pontos atrás das orelhas dos surdos. (Surdo.org).
Como podemos observar, grandes atrocidades foram cometidas tentando descobrir ou justificar as possíveis causas da surdez.
Entretanto, a partir de século XX, mesmo com muito preconceito, as condições para a população surda começa a ter um novo horizonte, como fala Perlin, 1998.
Toda a argumentação do sucesso do oralismo começou a desintegrar-se. A partir dos estudos sobre cognição e linguagem se soube que os surdos filhos de pais surdos conseguem um grau mais rápido de aprendizagem. Ali nasceu o bilingüismo, ou seja, a idéia da utilização de duas línguas na educação dos surdos. (Perlin, 1998. Pag. 53)
No entanto, como sabemos o bilingüismo que vigora hoje é, dentro de uma perspectiva ouvintista, uma interpretação errada sobre a questão das identidades e da cultura surdas.
2. COMPREENDENDO A SURDEZ
Poderíamos conceituar “surdez” como aquele individuo que possui baixa ou nenhuma audição. Porém, conceituar surdez requer uma compreensão que não é tão simples quanto parece ser. Segundo Skliar (1998),
a surdez constitui uma diferença a ser politicamente reconhecida; a surdez é uma experiência visual; a surdez é uma identidade múltipla ou multifacetada e, finalmente, a surdez está localizada dentro do discurso sobre a deficiência. (Skliar, 1998, p.11. Apud , Inácio, 2009)
A deficiência auditiva pode ser de nascença ou adquirida com o passar dos tempos de acordo com a vida que leva o sujeito, ou seja, fatores externos ou internos também podem contribuir significativamente para a perca parcial ou total da audição. A surdez, que também é conhecida como “hipocusia”, pode surgir durante a gravidez, causada por viroses e doenças tóxicas ou adquirida por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, como por exemplo, meningite e outras doenças.
Para entendermos melhor a deficiência auditiva, devemos ressaltar, que “há, entretanto uma enorme disparidade quanto às perdas auditivas, que vão desde perda auditiva leve, moderada, grave e profunda, essas diferenças também devem ser discutidas e analisadas em seus vários aspectos para compreensão da surdez.”(Inácio, 2009). Na qual,
Perda Auditiva Leve: A incapacidade de ouvir sons abaixo de 30 decibéis. Discursos podem ser de difícil Audição especialmente se estiverem presentes ruídos de fundo.
Perda Auditiva Moderada: A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 50 decibéis. Aparelho ou prótese auditiva pode ser necessária.
Perda Auditiva Grave: A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 80 decibéis. Próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas são insuficientes em outros. Alguns indivíduos com perda auditiva severa se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros contam com uso das técnicas de leitura labial.
Perda Auditiva Profunda: A ausência da capacidade de ouvir, ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 95 decibéis. Tal como aqueles com perda auditiva severa, alguns indivíduos com perda auditiva profunda se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros com uso das técnicas de leitura labial. (Portal Brasil Media, acesso em 10 de março de 2011)
Como já pudemos perceber, a surdez é uma deficiência invisível nos primeiros meses de vida, portanto é importante o acompanhamento médico durante toda a gestação, como também o exame que é popularmente conhecido como teste da orelhinha nos recém-nascidos.
Porém, nem sempre foi assim. Na maioria dos outros países, as pessoas com surdez eram tidas como uma aberração da natureza, maldição lançada pelos deuses. De acordo com o site Surdo.org,
Na antiguidade chinesa os surdos eram lançados ao mar. Os gauleses os sacrificavam ao deus Teutates por ocasião da Festa do Agárico. Em Esparta os surdos eram jogados do alto dos rochedos. Em Atenas eram rejeitados e abandonados nas praças públicas ou nos campos.
Os surdos não eram considerados seres humanos competentes. Diziam que sem a fala não se desenvolveria o pensamento. Aristóteles falava que a linguagem era o que dava condição de humano ao indivíduo.
Para os Romanos, os surdos que não falavam não tinham direitos legais, não podiam fazer testamentos e precisavam de um curador para todos os seus negócios. Eram considerados incapazes de gerenciar seus atos, perdiam sua consição de ser humano e eram confundidos com o retardado.
A igreja católica até a Idade Média acreditava que os surdos não tinham almas, por isso, não poderiam ser considerados imortais porque esses cidadãos não podiam falar em sacramentos.
Desta forma, percebemos o quanto as pessoas com surdez sofreram durantes séculos, na qual nem o reconhecimento como seres humanos tinham. Continuando, o mesmo site diz que os primeiros educadores surdos apareceram na Espanha, no século XVI, entre eles estão,
É na Espanha do século XVI que encontramos os primeiros educadores surdos.
Bartolo Della Marca D´Ancona - Advogado e escritor do século XIV faz a primeira alusão à possibilidade para que o surdo possa aprender por meio da Língua de Sinais ou Língua Oral.
Século XVI encontramos a primeira referência às distinção entre surdez e mutismo, no livro "De Inventione Dialéctica" de Rodolfo Agrícola (1528).
Girolamo Cardamo (1501-1576), médico italiano, declara que os surdos podiam e deviam receber uma instrução. Interessou-se pelo estudo do ouvido, nariz e cérebro porque seu filho era surdo.
Ponce de Léon (1520-1584) Monge benedetino (Onã, Espanha), considerado o primeiro professor de surdos na história e cujo trabalho serviu de base para diversos outros educadores surdos - o verdadeiro início da educação do surdo. Educava filhos de nobres que nasciam com problemas auditivos porque, se fossem os filhos primogênitos e não falassem, não receberiam a herança.>
Juan Pablo Bonet - Filólogo e soldado a serviço do rei se interessou pela educação de um surdo. Luis de Velasco, irmão do capitão-geral do exército. A família de Velasco tinha uma história de surdez familiar e Ponde de Leon foi responsável pela educação de alguns dos descendentes de Luis de Velasco. Sua família deve ter apresentado algumas das técnicas de trabalho de Leon, inclusive o alfabeto manual que usava Bonet se apropriou de alguns desses métodos. Em 1620 Bonetpublica "Reducion de las Letras Y Arte para Enseñar á Hablar los Mudos" em que o alfabeto manual era usado para ensinar a ler e a gramática era ensinada por meio da Língua de Sinais. É o primeiro livro sobre educação de surdos que consiste no aprendizado do alfabeto manual e da importância da intervenção precoce. Ele insistia em que as pessoas envolvidas com uma criança surda fossem capazes de utilizar o alfabeto manual.
Rodrigues Pereire (1715-1780) Tinha fluência na Língua de Sinais, mas defendia a oralização. Utilizava os sinais para instruções, explicações lexicais, conversações com alunos até que pudessem se comunicar oralmente ou pela escrita - nunca publicou seus métodos. Usava diariamente o alfabeto manual.
Outras pessoas que tiveram grande importância na história dos surdos neste período foram : Johann Conrad Amman, John Wallis, Thomas Braiswood, Abée de L' epée.
Dando continuidade na cronologia, chegamos a uma fase importante na história, na qual aconteceram estudos mais aprofundados sobre a deficiência.
1790 - Abbi Card é nomeado diretor do Instituto Nacional de Surdos-Mudos (Paris) no lugar de L' Eppe. publicou dois livros : uma gramática geral e um relato detalhado de como havia treinado Jean Massieu (surdo). Massieu se tornou um famoso professor e começara a enfrentar as acusações do oralismo alemão.
1814 - Jean Marc Gaspard Itard, médico cirurgião se tornara médico residente do Instituto Nacional de Surdos Mudos (Paris). Estudou com Philipe Pinel, seguindo os pensamentos do filósofo Condillac, para quem as sensações eram a base para o conhecimento humano e que reconhecia somente a experiência externa como fonte de conhecimento. Dentro desta concepção eras exigida a erradicação ou a "diminuição" da surdez para que o surdo tivesse acesso a este conhecimento.
Vale destacar que esse último pesquisador, Jean Marc, para poder ter um maior conhecimento sobre as causas da surdez,
Dissecou cadáveres de surdos; Aplicou cargas elétricas nos ouvidos dos surdos; Usou sanguessugas para provocar sangramentos; Furou as membranas timpânicas de alunos (um aluno morreu por este motivo); Fraturou o crânio de alguns alunos; Infeccionou pontos atrás das orelhas dos surdos. (Surdo.org).
Como podemos observar, grandes atrocidades foram cometidas tentando descobrir ou justificar as possíveis causas da surdez.
Entretanto, a partir de século XX, mesmo com muito preconceito, as condições para a população surda começa a ter um novo horizonte, como fala Perlin, 1998.
Toda a argumentação do sucesso do oralismo começou a desintegrar-se. A partir dos estudos sobre cognição e linguagem se soube que os surdos filhos de pais surdos conseguem um grau mais rápido de aprendizagem. Ali nasceu o bilingüismo, ou seja, a idéia da utilização de duas línguas na educação dos surdos. (Perlin, 1998. Pag. 53)
No entanto, como sabemos o bilingüismo que vigora hoje é, dentro de uma perspectiva ouvintista, uma interpretação errada sobre a questão das identidades e da cultura surdas.
2. COMPREENDENDO A SURDEZ
Poderíamos conceituar “surdez” como aquele individuo que possui baixa ou nenhuma audição. Porém, conceituar surdez requer uma compreensão que não é tão simples quanto parece ser. Segundo Skliar (1998),
a surdez constitui uma diferença a ser politicamente reconhecida; a surdez é uma experiência visual; a surdez é uma identidade múltipla ou multifacetada e, finalmente, a surdez está localizada dentro do discurso sobre a deficiência. (Skliar, 1998, p.11. Apud , Inácio, 2009)
A deficiência auditiva pode ser de nascença ou adquirida com o passar dos tempos de acordo com a vida que leva o sujeito, ou seja, fatores externos ou internos também podem contribuir significativamente para a perca parcial ou total da audição. A surdez, que também é conhecida como “hipocusia”, pode surgir durante a gravidez, causada por viroses e doenças tóxicas ou adquirida por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, como por exemplo, meningite e outras doenças.
Para entendermos melhor a deficiência auditiva, devemos ressaltar, que “há, entretanto uma enorme disparidade quanto às perdas auditivas, que vão desde perda auditiva leve, moderada, grave e profunda, essas diferenças também devem ser discutidas e analisadas em seus vários aspectos para compreensão da surdez.”(Inácio, 2009). Na qual,
Perda Auditiva Leve: A incapacidade de ouvir sons abaixo de 30 decibéis. Discursos podem ser de difícil Audição especialmente se estiverem presentes ruídos de fundo.
Perda Auditiva Moderada: A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 50 decibéis. Aparelho ou prótese auditiva pode ser necessária.
Perda Auditiva Grave: A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 80 decibéis. Próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas são insuficientes em outros. Alguns indivíduos com perda auditiva severa se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros contam com uso das técnicas de leitura labial.
Perda Auditiva Profunda: A ausência da capacidade de ouvir, ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 95 decibéis. Tal como aqueles com perda auditiva severa, alguns indivíduos com perda auditiva profunda se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros com uso das técnicas de leitura labial. (Portal Brasil Media, acesso em 10 de março de 2011)
Como já pudemos perceber, a surdez é uma deficiência invisível nos primeiros meses de vida, portanto é importante o acompanhamento médico durante toda a gestação, como também o exame que é popularmente conhecido como teste da orelhinha nos recém-nascidos.
Fonte:
http://cerebropedagogico.blogspot.com.br/
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