A pesquisadora e professora Edi Lúcia Sartorato, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp (CBMEG), é um bom exemplo de como as pesquisas podem beneficiar diretamente a população. Ela desenvolveu um método de diagnosticar a surdez genética em bebês recém-nascidos usando um pedaço de papel com uma gota de sangue, dos quais é feito em teste de DNA. “Pode ser usada a mesma amostra para fazer o Teste do Pezinho, que e obrigatório por lei”, conta.
Sua pesquisa ganhou o Prêmio Governador do Estado em 2001. O pedido de patente para esta tecnologia foi depositado no Inpi e um laboratório do Rio de Janeiro comercializa o teste desde 2004.
Ela conta que o teste é importante porque a criança pode nascer ouvindo, mas terá surdez progressiva e ficará surda. A média de idade da detecção da surdez no Brasil é 2 anos e meio. “É essencial a identificação precoce".
O recomendado é que haja intervenção até três meses de idade. É preciso colocar aparelho para que a criança tenha ao menos uma audição residual ou iniciar a reabilitação por linguagem de sinais, estimulação é essencial para garantir desenvolvimento normal da criança”, explica. A pesquisadora explica que vários genes causam surdez, mas um determinado gene causa um problema específico. “A mutação é muito frequente”, diz. Edi acrescenta que 50% dos casos de surdez são genéticos e o restante é provocado por fatores ambientais, como complicações provocadas pela rubéola e meningite. Ela acrescenta que o teste da orelhinha, obrigatório por lei, não é o suficiente para aferir a qualidade da audição do recém-nascido, já que o problema pode se desenvolver com o tempo.
FONTE:
http://cursolibrasnet.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html
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