Num passado não muito distante, uma criança nascida surda estava praticamente condenada a uma vida de exclusão, longe de escolas, do mercado de trabalho e, muitas vezes, até da família. Hoje, com a consolidação da cultura surda – que detém idioma próprio, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) – e com a estruturação de políticas educacionais e sociais relacionadas a um universo de pessoas que não ouvem, é cada vez mais comum ver surdos conquistando um espaço que antes lhe era negado. No último vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por exemplo, 10 surdos foram aprovados.
Pode parecer pouco, equivale a 5,8% das 173 vagas que a UFSM oferece para portadores de deficiência, mas o número de aprovados também demonstra a dificuldade enfrentada pelas pessoas surdas para chegar ao Ensino Superior.
– Não existe cursinho para surdos. Estudamos em casa – comenta o auxiliar de informática Marcelo de Lima Gonçalves Junior, 23 anos, aprovado no vestibular para o curso de Sistemas de Informação.
Há quase dois anos, Marcelo trabalha na empresa Planalto, onde estão empregados outros 14 surdos. Desses, cinco passaram no vestibular. Na última sexta-feira, o Diário bateu um papo, intermediado pelo intérprete Luís Fernando Pereira, assistente de Recursos Humanos da empresa, com os quatro calouros, que falaram sobre a expectativa de entrar na faculdade.
Aprovada em Pedagogia, Geovana dos Santos, 28 anos, está ansiosa para começar a estudar.
– Quero dar aulas, ensinar para crianças surdas. Gosto muito do contato com os surdos – diz.
Futuro – O mesmo deseja o auxiliar José Antonio Lorensi Monteiro, 30 anos, futuro professor de Educação Física, que só aprendeu a se comunicar em Libras aos 6 anos.
– Acho que o espaço para o surdo está crescendo. Tenho uma filha de 6 anos, que sabe Libras desde pequenininha. Ela não viverá as mesmas dificuldades que enfrentei para estudar e trabalhar – acredita.
Fonte:
Pode parecer pouco, equivale a 5,8% das 173 vagas que a UFSM oferece para portadores de deficiência, mas o número de aprovados também demonstra a dificuldade enfrentada pelas pessoas surdas para chegar ao Ensino Superior.
– Não existe cursinho para surdos. Estudamos em casa – comenta o auxiliar de informática Marcelo de Lima Gonçalves Junior, 23 anos, aprovado no vestibular para o curso de Sistemas de Informação.
Há quase dois anos, Marcelo trabalha na empresa Planalto, onde estão empregados outros 14 surdos. Desses, cinco passaram no vestibular. Na última sexta-feira, o Diário bateu um papo, intermediado pelo intérprete Luís Fernando Pereira, assistente de Recursos Humanos da empresa, com os quatro calouros, que falaram sobre a expectativa de entrar na faculdade.
Aprovada em Pedagogia, Geovana dos Santos, 28 anos, está ansiosa para começar a estudar.
– Quero dar aulas, ensinar para crianças surdas. Gosto muito do contato com os surdos – diz.
Futuro – O mesmo deseja o auxiliar José Antonio Lorensi Monteiro, 30 anos, futuro professor de Educação Física, que só aprendeu a se comunicar em Libras aos 6 anos.
– Acho que o espaço para o surdo está crescendo. Tenho uma filha de 6 anos, que sabe Libras desde pequenininha. Ela não viverá as mesmas dificuldades que enfrentei para estudar e trabalhar – acredita.
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