RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sobre bullying

Segundo o Wikipedia, “Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully – «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.”
No meu tempo de colégio, o máximo que sofri foram comentários maldosinhos, sempre feito por colegas meninas, nunca pelos meninos. É claro que naquele tempo eu escutava muito melhor do que escuto hoje. Só fui começar a usar aparelhos auditivos no último ano do ensino médio. O que mais me travava era ouvir os comentários horrorosos que faziam a respeito de uma amiga minha, surda desde bebê – e que não usava aparelhos pois, no caso dela, eles não ajudavam. O mais light era ‘lá vem a surdinha’. Eu xingava muito os babacas que diziam isso dela mas, apesar dos meus esforços, eles não se calavam. Na minha cabeça o pensamento recorrente era ‘se eu aparecer de aparelho auditivo nesse colégio, acabou a minha paz!’. Hoje, vejo que era exagero meu mas, na época, isso me atormentava. Tanto pelo que faziam com ela quanto pelo que poderiam vir a fazer comigo.
Surdos que são vítimas de bullying verbal não podem se defender porque sequer sabem do ataque direto. Percebem mais pela expressão diabólica do agressor e pelas risadas daqueles que estiverem por perto. Quando lembro dos comentários maldosos que me faziam vejo que não eram nada se comparados ao que as crianças de hoje fazem. O máximo que ouvi foi ‘você deve ser surda, tô te chamando há horas e você nem me olha na cara!”, ‘professora, se a senhora quiser dizer que alguém é surdo, pode dizer que é igual à Paula’ e similares. Nada grave. Só que eu era muito novinha e a palavra SURDA ainda me soava como uma super afronta. Pode parecer bobagem, mas aquilo me marcou pra sempre. Fiquei longos anos tendo pavor e ataques de coceira cada vez que ouvia a palavra SURDA. Para mim, era a pior do mundo. Hoje, dou risada do tempo que perdi com essas bobagens
Adulta, os comentários mudaram. E são SEMPRE feitos por mulheres. Não entendo e nem quero entender isso, mas estaria mentindo se dissesse que algum homem já me falou algo pejorativo relacionado à minha surdez. Isso, jamais! As mulheres, porém, dão um jeitinho. O mais comum é o clássico ‘ela é tão (coloque qualquer adjetivo aqui, como inteligente/bonita/querida e derivados) mas é…surda!’ ou então o básico ‘está se fazendo de surda para passar bem!”. No primeiro caso, o comentário não é direcionado a mim, mas a uma terceira pessoa que esteja por perto – a intenção é me diminuir como pessoa. Já me vi também em várias situações nas quais eu estava ganhando mais atenção de alguém que não sabia da minha deficiência auditiva e de repente alguma mulher insatisfeita com isso abre a boca e diz ‘você sabia que ela não escuta direito??’. Chatinho, não?? Digo e repito mil vezes se necessário: surdez não é defeito de caráter. Se as pessoas usam-a para tentar lhe diminuir como ser humano, agradeça aos céus: isso significa que foi a única coisa que acharam de ruim em você! ;)
Acho que bullying direcionado a crianças é muito perigoso e deve ser levado a sério. Adultos sabem e podem se defender. Crianças não, e além disso estão na fase crucial do desenvolvimento de sua auto-estima. A cada ataque, a criança vai ficando mais retraída, mais introvertida e assustada. E carrega isso para sempre. Ou pode acontecer o contrário e a criança atacada vir a se tornar agressiva. Em ambos os casos, acho que os pais têm todo o direiro (e o dever!) de tomar providências. As criancinhas em fase escolar podem ser bem cruéis – me pergunto se aprendem a ser assim em casa ou se faz parte de suas personalidades mesmo…

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