Olhem o email que recebi do Matheus:
“Olá Paula mais uma vez quero te dar os parabéns pelo site sempre acompanho as atualizações dele,li seu comentário sobre o natal e me fez lembrar de uma coisa que aconteceu esses dias comigo, estou tirando carta e essa semana comecei a fazer aula pratica de carro e peguei um Palio zero bala pra dirigir! Que ótimo né? Eu também achei isso só não imaginava que o motor fosse tão silencioso que não escuto nada e não tem conta giros. O primeiro dia foi muio ruim, aí o jeito foi pedir pra fono aumentar o volume do meu aparelho (que não é lá aquelas coisas mas quebra um galho) que estava abaixo do necessário. Agora dá pra escutar um pequeno ruído do motor mas aguentar aquele barulho irritante do ar condicionado está sendo muito estressante! Podia pelo menos ter pedido um carro com contagiros ! Aí a instrutora fala pra mim “ah mas não é recomendado olhar em contagiros pra trocar de marcha”. Mas será que nunca pensaram na possibilidade de alguem que não escuta direito ter que dirigir sem escutar o motor e sem saber se o carro está pedindo marcha ou pedindo redução? Claro que não né, só quem não escuta bem pensaria nessa possibilidade.”
Depois, recebi esse da Anna:
“Paula, você disse que dirige, como foi a auto-escola? Pergunto porque ano que vem terei que tirar carteira e estou tensa pensando nas aulas práticas!! Imagina o instrutor falando e eu necas de entender as instruções? Ele explicava antes de você fazer, ou você conseguia entender direitinho mesmo tendo que olhar pra frente? (comigo isso não rolará não). Me dá uma luz?”
Vou contar como foi quando resolvi tirar carteira de motorista. Eu devia ter uns 21 anos. É lógico que a minha primeira preocupação foi imaginar como seriam minhas aulas práticas. Peguei uma instrutora bem compreensiva e expliquei pra ela que não escutava bem e que precisaríamos de alguns ajustes pra coisa funcionar. Ouvir e entender as orientações dela de “dobra à direita”, “dobra à esquerda”, “estaciona” e “pára o carro” estava fora de cogitação. Numa boa, deficiente auditivo é incapaz de dirigir e conversar ao mesmo tempo, não dá. Pra resolver o problema, combinamos que ela faria sinais com a mão bem perto da direção me ‘dizendo’ com eles o que eu deveria fazer. E deu super certo!!! Foi simples, prático e tranquilo. Tirando o fato de que eu era péssima (apagava o carro umas 10x por aula, no mínimo) não tive problemas. No dia da prova prática, expliquei para o examinador e pedi que ele fizesse o mesmo que minha instrutora fazia, e foi tranquilíssimo. Para minha surpresa, até passei na prova! Hahahahaha!!
Mão dobrada pra esquerda: dobre à esquerda!
Mão dobrada pra direita: dobre à direita!
Palma da mão pra cima: pare o carro.
Palma da mão fechada: estacione!
Era assim que a gente se entendia nas aulas. Claro que quando ela sinalizava pra dobrar, eu sabia que poderia dobrar lá na próxima rua. É preciso ter cuidado pra não causar acidentes, né? Quem não gostou da idéia pode pedir pro instrutor providenciar cartões de instrução, aí ele coloca perto da direção, você olha e entende. Dá na mesma.
Como eu escrevi no post anterior, acho complicado dirigir se nem com os aparelhos auditivos você não escutar nadinha. Se esse fosse o meu caso, penso que abriria mão de dirigir. Mas sei que existem muitas pessoas nessa situação que dirigem muito bem, obrigada.
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