RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Surdos de favela enfrentam dificuldade para acessar o ensino de Libras


A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a segunda língua oficial do país. Desde 2002, a forma de comunicação e expressão das comunidades surdas do Brasil é reconhecida oficialmente pela União (lei nº 10.436). E é por isso que a maioria dos brasileiros – eu, você e várias pessoas surdas – nos comunicamos perfeitamente em LIBRAS, não é mesmo?? Infelizmente, nós sabemos que não!

Segundo o último censo do IBGE (2010), existem quase 10 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência auditiva. Isso corresponde a aproximadamente 5% da população que precisa acessar Educação, Saúde, Lazer, Emprego e depende, na maioria dos casos, da LIBRAS para isso. 

Fabiana Vidal, moradora do Complexo do Alemão, faz parte dessa parcela da população e, assim como muitas outras pessoas surdas, não foi nada fácil para ela acessar o ensino da língua brasileira de sinais. Sua família compartilha um pouco da jornada de lutas da Fabiana.

Ela recebeu o diagnóstico de surdez total aos 3 anos de idade e, desde então, sua mãe, dona Ana, sempre teve muita dificuldade de encontrar uma vaga em escolas na área do Complexo do Alemão para ela. “O ensino aqui nas redondezas sempre foi muito precário” afirma dona Ana sobre procurar ensino especializado para sua filha surda. 

Com 7 anos, foi matriculada numa escola pública comum e acompanhou a escola do C.A até o 4º ano do ensino fundamental. Em sua alfabetização, teve ajuda do reforço escolar e de sua mãe em casa. Mas, ao trocar de escola, no 5º ano, o mundo passou a ser mais cruel.

Sem reforço escolar e sem integração aos alunos ouvintes, Fabiana começou a sofrer bullying por parte de outros alunos por ser surda. No 8º ano, não suportou as violências sofridas na escola e desistiu de estudar.

A especialista em surdez e professora de LIBRAS há 25 anos, Maria Cristina de Oliveira, afirma sobre casos parecidos com o da Fabiana.

“Muitas vezes os surdos abandonam a escola, pois não tem o próprio acesso dentro dela. E os que ficam são tão ignorados, em muitos casos, que vão passando de uma série para outra sem sequer saber ler ou tendo um mínimo de leitura. Porque não tiveram a inclusão deles de fato”.

Anos depois, com 18 anos, Fabiana conseguiu uma vaga no INES e completou seu ensino médio. Na instituição, fez cursos profissionalizantes, fez pré-vestibular e até mesmo encontrou um namorado, que hoje é seu marido. Sua irmã, Luana Vidal, conta da transformação que viu após a irmã finalmente ter acesso ao ensino de LIBRAS:

“No dia que minha irmã pôde lidar com mais pessoas que surdas como ela, e conseguiu enxergar que a surdez era somente um detalhe na vida dela, ela se aceitou muito mais. Ela conseguiu ultrapassar barreiras”.

Mas e os surdos que não conseguem se deslocar do Complexo?

As escolas municipais do Complexo do Alemão são geridas pela 3ª coordenadoria geral de Educação (3ª CRE) do município que conta com mais de 135 unidades escolares em sua gestão. Sobre a forma de atendimento aos alunos surdos nessa CRE, afirma a secretária municipal de Educação (SME):

“O processo de inclusão de alunos surdos é feito por intérpretes e tradutores de Libras e acontece nas classes regulares, não depende das classes especiais. No caso da 3ªCRE, 11 unidades escolares contam com tradutores e intérpretes para acompanhar os alunos que precisam deste tipo de atendimento. Ressaltamos que nem todos os alunos surdos têm necessidade de serem acompanhados por tradutores e intérpretes, pois contam com outros recursos.”


FONTE: https://www.vozdascomunidades.com.br/destaques/surdos-de-favela-enfrentam-dificuldade-para-acessar-o-ensino-de-libras/



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