Assim como entre os idiomas falados, é grande a variedade de línguas de sinais ao redor do mundo.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam. As línguas de sinais não
são meramente intuitivas, nem partem exclusivamente de sinais de mímica. Crer que as línguas de sinais se limitassem à mímica seria como crer que a língua falada se limitasse à onomatopéia.
Elas possuem códigos com o mesmo nível de abstração das línguas faladas
e são aprendidas por aqueles que as utilizam, assim como um ouvinte
aprende uma língua falada.
Muitos linguistas se
dedicaram a estudar diferentes línguas gestuais, concluindo que estas
apresentavam diferenças consideráveis entre si. Deve-se levar em conta
que diferenças culturais são determinantes nos modos de representação do
mundo. Assim, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes
quando necessitam comunicar com outros que utilizam uma língua
diferente. [1]
Cada país tem a sua própria língua gestual. Tomando como exemplo
alguns países lusófonos, vemos que utilizam diferentes línguas de
sinais: no Brasil existe a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), em Portugal existe a Língua Gestual Portuguesa (LGP), em Angola existe a Língua Angolana de Sinais (LAS), em Moçambique existe a Língua Moçambicana de Sinais (LMS).
Além disso, da mesma forma que acontece nas línguas faladas oralmente, existem variações linguísticas dentro da própria Língua de Sinais, que se podem considerar regionalismos e/ou dialetos. Essas variações se devem a culturas diferentes e influências diversas no sistema de ensino do país, por exemplo. Há até mesmo uma língua de sinais pretensamente universal, análoga ao Esperanto, conhecida como Gestuno, que é usada em convenções e competições internacionais.
A língua de sinais é ainda usada em situações em que pessoas sem
quaisquer deficiências, ao nível da visão ou audição necessitam
comunicar, sem poderem usar sons. Exemplos disso são a comunicação
entre mergulhadores e certos rituais de iniciação entre aborígenes australianos, em que é proibido falar oralmente por um período de tempo.
Não se sabe quando as línguas de sinais se iniciaram, mas sua origem
remonta possivelmente à mesma época ou a épocas anteriores àquelas em
que foram sendo desenvolvidas as línguas orais. Uma pista interessante
para esta possibilidade das línguas de sinais terem se desenvolvido
primeiro que as línguas orais é o fato que o bebê humano desenvolve a
coordenação motora dos membros antes de se tornar capaz de coordenar o
aparelho fonoarticulatório. As línguas de sinais são criações
espontâneas do ser humano e se aprimoram exatamente da mesma forma que
as línguas orais. Nenhuma língua é superior ou inferior a outra, cada
língua se desenvolve e expande na medida da necessidade de seus
usuários.
Também é comum aos ouvintes pressupor que as línguas de sinais sejam
versões sinalizadas das línguas orais; por exemplo, muitos acreditam que
a LIBRAS é a versão sinalizada do português; que a Língua Americana de Sinais é a versão sinalizada do inglês; que a Língua Japonesa de Sinais é a versão sinalizada do japonês;
e assim por diante. No entanto, embora haja semelhanças ou aspectos
comum entre as línguas de sinais, devido a um certo contágio
linguístico, as línguas de sinais são autónomas, não derivando das orais
e possuindo peculiaridades que as distinguem umas das outras e das
línguas orais.
A língua de sinais é tão natural e tão complexa quanto as línguas
orais, dispondo de recursos expressivos suficientes para permitir aos
seus usuários expressar-se sobre qualquer assunto, em qualquer situação,
domínio do conhecimento e esfera de atividade. Mais importante, ainda: é
uma língua adaptada à capacidade de expressão dos surdos. Por outro
lado, a Lingua de Sinais, embora seja a lingua natural dos surdos, nao é
a linguia materna de qualquer surdoLS é a abreviação de Língua de Sinais.
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