Dia 26 de setembro é comemorado o dia do Surdo, e para valorizar esse
dia e essa cultura, um artigo sobre a inserção do surdo no mercado de
trabalho.
O trabalho possui um significado psicológico para o indivíduo, como
sendo fonte de realização pessoal, formação de identidade e de
relacionamento com outros indivíduos. O trabalho passa a influenciar no
comportamento, na rotina e em suas relações afetivas. Trabalhar realiza o
indivíduo, e todo mundo anseia pelo momento em que sua força de
trabalho se converta em capital.
Mas, para ingressar no mercado de trabalho encontramos barreiras para
algumas pessoas e a Inclusão do surdo no mercado de trabalho é um tema
que merece destaque.
Movimentos de inclusão promovem a inclusão dos “deficientes” em todos
os âmbitos sociais, ainda que isto represente aportes de exclusão, pois
se reforça os estereótipos e medidas separatistas. A integração do
surdo no mercado de trabalho faz com que este adquira sua independência
econômica e sinta-se produtivo dentro da comunidade em que vive, assim
como todo indivíduo deseja.
A primeira barreira que o indivíduo surdo encontra ao tentar se
inserir no mercado de trabalho é a comunicação. Com isso, leva a um
conflito de identidade fazendo com que cada surdo busque uma comunidade
em que consiga interagir e trocar experiências com outros integrantes.
É importante que nessa hora, o surdo e sua família busquem parcerias
que ofereçam profissionalização. O empregador vai encontrar resistência
na hora de contratar, pois desconhece as capacidades profissionais
destas pessoas. É um desafio, tanto para surdos quanto ouvintes, estarem
buscando constante qualificação profissional, e no caso dos surdos, as
escolas devem repensar suas finalidades, seu currículo, sua formação e
atuação, para que todos possam ter acesso à qualificação.
Os surdos são capazes de exercer qualquer função, desde que devidamente treinados, orientados e acompanhados.
A CAPACITAÇÃO DO SURDO PARA O MERCADO DE TRABALHO
Cada vez mais, as pessoas portadores de deficiência têm conseguido
avanço na inclusão social. Contudo, infelizmente, segundo o CONADE
(Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência
Física) as pessoas passam ainda por muitas dificuldades de comunicação e
aceitação no ambiente de trabalho.
A inclusão social do surdo já começa quando a pessoa se relaciona com
o mundo, adquirindo experiência com outras pessoas e trocando
informações. Para o surdo que nasce em uma família na qual só tem
ouvintes, a troca de informações e experiências tornam-se mais
complicadas e atrasam seu desenvolvimento. Mesmo sem querer, o surdo
fica isolado. Desta forma, sua experiência é apenas visual: os adultos
ouvintes conversam entre eles e o surdo só observa os movimentos
labiais, ficando sem entender. O mundo para ele é diferente.
A língua de sinais é a linguagem que o surdo utiliza para a sua
comunicação. Essa língua faz parte da sua cultura, ele necessita dela
para auxiliar na sua formação, para que ele tenha uma profissão digna e
seja independente economicamente e se realize profissionalmente.
Com a formação, o surdo terá mais facilidade no mercado de trabalho e
oportunidade de mostrar sua competência. Só dependerá de as empresas
abrirem as portas para ele, dando oportunidades.
Mesmo com leis de inclusão social para os deficientes, ainda há uma
grande resistência com os surdos dentro do mercado de trabalho.
Enorme é a dificuldade de capacitação e especialização em seus
diversos níveis, começando em casa e se expandindo nas escolas e
entidades que oferecem cursos profissionalizantes.
As empresas deveriam confiar e investir mais nesses profissionais,
que tanto têm para oferecer. Precisamos nos conscientizar que todos têm
direito ao ensino.
Em 2012, sabendo da importância da capacitação para todos, a Dtcom
começou a disponibilizar tradução em libras para seus cursos
(disponíveis no AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem) e está se
preparando cada vez mais para oferecer conteúdos específicos para esse
público.
O SURDO NA VIDA PROFISSIONAL
O trabalho na vida de um surdo é um fator essencial, pois é a partir
desta experiência que o surdo adquire independência e autonomia,
indispensáveis para o ser humano. Existem projetos com parcerias de
empresas e indústrias que promulgam a inserção do surdo na comunidade
profissional.
A Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da Constituição de 1988, regula às Pessoas com Necessidades Especiais (PNE’s) o direito de acesso ao mercado de trabalho (público e privado), conforme trecho abaixo:
“A Constituição Federal veta a discriminação no tocante a salários e critérios de admissão para os trabalhadores com qualquer tipo de deficiência (art. 7, XXXI) e instituiu a reserva de 20% de cargos e empregos públicos para PNE’s (art. 37, VIII). Já a Lei 8.213/91 (art. 93), a chamada Lei de Cotas, estabeleceu que todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem preencher entre 2% e 5% de suas vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de necessidade especial. Esse percentual varia em função do número de funcionários da instituição: empresas com até 200 funcionários devem ter 2% de suas vagas preenchidas por PNE’s; entre 201 e 500 funcionários, 3%; entre 501 e 1000 funcionários, 4%; empresas com mais de 1001 funcionários, 5% das vagas.” (ARAÚJO e SCHMIDT, 2006).
Com o apoio desta Lei, as pessoas surdas estão cada vez mais conquistando seu espaço na sociedade, adquirindo experiência, profissionalizando e alcançando seus objetivos.
A Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da Constituição de 1988, regula às Pessoas com Necessidades Especiais (PNE’s) o direito de acesso ao mercado de trabalho (público e privado), conforme trecho abaixo:
“A Constituição Federal veta a discriminação no tocante a salários e critérios de admissão para os trabalhadores com qualquer tipo de deficiência (art. 7, XXXI) e instituiu a reserva de 20% de cargos e empregos públicos para PNE’s (art. 37, VIII). Já a Lei 8.213/91 (art. 93), a chamada Lei de Cotas, estabeleceu que todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem preencher entre 2% e 5% de suas vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de necessidade especial. Esse percentual varia em função do número de funcionários da instituição: empresas com até 200 funcionários devem ter 2% de suas vagas preenchidas por PNE’s; entre 201 e 500 funcionários, 3%; entre 501 e 1000 funcionários, 4%; empresas com mais de 1001 funcionários, 5% das vagas.” (ARAÚJO e SCHMIDT, 2006).
Com o apoio desta Lei, as pessoas surdas estão cada vez mais conquistando seu espaço na sociedade, adquirindo experiência, profissionalizando e alcançando seus objetivos.
muito bommm!
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