Segundo elas, em algumas turmas faltam intérpretes desde o início do ano letivo, em maio.
Uma comissão de mães de
alunos das escolas Estadual Tavares Bastos e Escola Estadual Dr. Edson
dos Santos Bernardes estiveram, na tarde desta segunda-feira (19), na
Defensoria Pública Estadual, para pedir uma solução para a falta de
intérpretes de libras nas escolas citadas.
Segundo o grupo, cerca de 100
alunos estão sendo prejudicados com a falta dos profissionais. A
informação que chegou ao Alagoas24Horas dá conta que algumas turmas
estão sem intérpretes desde o início do ano letivo (em maio).
Cristiana de Moraes Santos é
mãe de um estudante do 7º ano da Escola Estadual Tavares Bastos e,
segundo ela, a turma do filho está sem intérprete há vinte dias. Assim
como ela, várias mães vêm lutando para tentar resolver o problema desde o
início deste mês. “Eu moro em Atalaia e como lá não tem escola com
intérprete, meu filho veio estudar na Tavares Bastos, mas várias turmas
estão sem intérpretes desde o início das aulas em maio. Na turma do meu
filho, não tem há vinte dias”, reiterou a mãe.
Na Escola Estadual Dr. Edson
dos Santos Bernardes o problema se repete. Maria Eliane Vieira de
Barros, mãe de uma aluna do 7º ano, conta que o problema sempre existiu.
“Na sala da minha filha, a intérprete disse está há três meses sem
receber por isso deixou de ir trabalhar. As crianças estão em semana de
prova, mas não querem fazer a avaliação porque não conseguiram apreender
os assuntos. Passam as aulas apenas copiando, quando o professor
escreve algo no quadro, ou desenhando”, disse a mãe.
As mães ainda disseram que
antes de irem à Defensoria, já haviam procurado o Ministério Público
Estadual e a Secretaria de Estado da Educação (SEE). Segundo o grupo, o
setor de Recursos Humanos da SEE órgão informou que os contratos não
haviam sido renovados e que não havia previsão para renovação.
Prazo para resolução do problema
O defensor Ricardo Melro, do
Núcleo de Direitos Difusos e Coletivos da Defensoria Pública do Estado,
explicou que a Secretaria de Estado da Educação terá um prazo de sete
dias, contados a partir desta terça-feira, para que o problema seja
resolvido.
“A secretaria terá sete dias
para que haja uma resolução administrativa. Após o prazo, caso o
problema não tenha sido resolvido, nós vamos entrar com uma Ação Civil
Pública pedindo uma liminar que determine que a situação destes
estudantes seja regularizada. Estas crianças estão sendo prejudicadas
com a violação de um direito que está previsto na Constituição Federal”,
explicou o defensor.
O Alagoas24Horas
entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de
Estado da Educação, que irá apurar a situação dos contratos e a ausência
de intérpretes nas referidas escolas, consideradas referência na
educação de surdos, em Alagoas.
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