RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Deficiência auditiva x Aeroportos

aeroporto

Nessa última ida a São Paulo, fui e voltei no mesmo vôo que uma amiga. Na volta, estávamos as duas aguardando o vôo da Azul, já havíamos feito nosso checkin, ticket na mão, tudo direitinho bonitinho. Ambas fuçando no celular na esperança de conseguir um sinal de wifi (que pobreza de espírito não liberarem wifi em aeroporto, pelo amor de Deus) quando, do nada, ela me olha com olhos arregalados e diz: “CORRE!”. Simplesmente saí correndo atrás dela porque não fazia idéia do que tinha acontecido. Quando olho pra trás vejo um povo correndo junto, todo mundo com cara de desatino. Enquanto corria pensava nas possibilidades. Ataque terrorista? Incêndio? Arrastão? Avião caindo? Ai meldels! Que nada, nosso vôo tinha sido cancelado. Então, sabendo bem como é o perrengue de conseguir lugar em outro vôo num horário próximo, todos os passageiros saíram em disparada até o balcão da Azul.
Se ela não estivesse comigo, eu teria simplesmente ficado esperando o vôo igual a uma idiota, bem feliz, sem fazer idéia do que estava acontecendo. E porque? Porque os aeroportos brasileiros são VICIADOS EM ALTO FALANTES. Jamais pensaram na possibilidade de que gente que não ouve também viaja – será que esses burros pensam que a gente vive trancado num porão? São dezenas de TV’s espalhadas pelos aeroportos, custa avisar pela TV? Bueno, tanto custa que só avisam pelo alto-falante. E o pior é que além disso muitas informações mostradas nas TV’s estão totalmente equivocadas, fazendo a gente perder tempo procurando vôos em portões errados e, se bobear, nos fazendo até perder o vôo.
É o tipo de situação que penso que seria facilmente resolvida com bom senso. Avisa com som e com imagem, poxa. Qual é o drama? Alguns podem dizer: “Ah, você pode avisar a companhia aérea de que tem deficiência auditiva“. Sério? Tem necessidade disso se uma simples TV pode me dizer se meu vôo está confirmado e de qual portão ele sairá? Será mesmo necessário ficar plantado naquele cercadinho com crianças que estão viajando sozinhas só porque não escuto direito? Ah, vá.
Adoro o aeroporto de Ezeiza em Buenos Aires porque lá todos os avisos são via TV. Não existe aviso por alto falante (o que certamente prejudica passageiros cegos). Me sinto segura e tranquila quando pego um vôo em Ezeiza. Na real, ainda notamos que em váááários lugares e situações acessibilidade é vista como luxo, favorzinho, tapinha nas costas. Justamente por não querer favor nenhum é que precisamos de acessibilidade: me dá as ferramentas que eu preciso em função de não ouvir e eu resolvo meus próprios problemas sem incomodar ninguém. Facílimo!!! Tenho vontade de arrancar os cabelos quando pessoas de saúde perfeita complicam a nossa vida em coisas tão banais.
Dentro do avião muitas vezes me acontecem situações engraçadas. Nesse vôo, o piloto falou algo pelo alto falante (oh vida, oh céus) e percebi que os passageiros que estavam perto de mim começaram a procurar por aquele papel plastificado que tem as instruções de segurança. Meu sangue gelou. Para boa paranóica, meia dedução basta. Já comecei a pensar que o piloto tivesse avisado que o avião estava perdendo altitude e ia cair no mar, então era pro povo repassar as instruções de como sair do avião pelos escorregadores de borracha. Senhooooooooooor! No fim, ele só tinha avisado que as comissárias iam passar com aqueles lanches pobrinhos da Gol e que os passageiros deveriam procurar o cardápio…hahahaha! :) 

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