RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

segunda-feira, 21 de março de 2022

Como "CODA" passou de "filme impossível" a candidato ao Óscar de Melhor Filme

 


Com orçamento modesto, filme sobre família de surdos foi filmado em condições extremas. Foi "impossível de fazer" reconheceu a realizadora. Agora, "CODA" está na corrida ao Óscar de melhor filme.

Com um orçamento modesto de dez milhões de dólares, o filme “CODA – No Ritmo do Coração” foi um filme “impossível de fazer”, disse a argumentista e realizadora Siân Heder, num evento organizado pela publicação Variety.

“A logística foi tão difícil”, afirmou a cineasta. “Foi um filme impossível de fazer com o tempo e os recursos que tínhamos. Sentíamos que a qualquer momento tudo se podia desmoronar”.

A história centra-se numa família de surdos em que Ruby (Emilia Jones) é o único membro que consegue ouvir. O acrónimo CODA designa, em inglês, filhos ouvintes de pais surdos (‘Child of Deaf Adults’), um tema raramente abordado por Hollywood que agora chegou aos Óscares.

“É uma história muito bonita para mostrar a nossa cultura”, considerou o ator surdo Daniel Durant, que interpreta o papel de Leo. A intensidade emocional do filme tem sido destacada pela crítica, numa temporada de prémios com várias nomeações e distinções.

“Houve uma jornada artística no filme, mas também uma consciencialização de quão ignorados e marginalizados estes atores incríveis têm sido”, afirmou Siân Heder. “Sinto que é essencial mandar esta porta abaixo”.

A cineasta disse mesmo que fazer este filme mudou a sua vida e caracterizou o processo criativo como “caloroso e saciante”, elogiando as qualidades pessoais dos atores. “Quero ser uma aliada desta comunidade e contar mais histórias de pessoas que foram marginalizadas”.

Com um orçamento tão baixo, explicou a realizadora, foi necessário filmar em condições extremas. O barco de pesca onde a família trabalha na história só aguentava dez pessoas de cada vez e não tinha casa de banho, o que obrigou a protagonista Emilia Jones a usar um balde para fazer necessidades.

“Foi tão difícil e sujo. E todos alinharam nisto”, disse Heder, referindo que a fasquia estava sempre muito elevada porque se alguma coisa corresse mal, como a rede não apanhar peixe no tempo de filmagem, não havia forma de repetir.

A falta de recursos tornou o sucesso de “CODA” surpreendente para toda a equipa, que viu o filme ser a sensação do festival de Sundance em 2021 e depois comprado pela Apple TV+ por 25 milhões de dólares. Na temporada de prémios, não só venceu Melhor Elenco nos Prémios do Sindicato dos Atores (SAG), como está nomeado para o Óscar de Melhor Filme.

“Éramos mesmo um filme muito pequenino e independente”, sublinhou Emilia Jones, recordando a emoção da vitória nos Prémios SAG. “Não tínhamos muito dinheiro, não tínhamos muito tempo, e todos os filmes com os quais estávamos nomeados tinham dinheiro e tempo. Foi incrível que nos tenham reconhecido”.

Além de Jones, o filme é protagonizado pelos atores surdos Troy Kotsur, Daniel Durant e Marlee Matlin, que foi a primeira atriz surda a ser nomeada e a vencer o Óscar de Melhor Atriz em 1987, pelo seu papel em “Filhos de um Deus Menor”.

“É uma jornada maravilhosa e deliciosa. Demorámos muito tempo a chegar a este ponto”, sublinhou Marlee Matlin, no mesmo evento. “Agora sabem que há atores surdos. Mas, ao mesmo tempo, queremos ser apenas conhecidos como atores, surdos ou não”.

Troy Kotsur, que venceu o prémio de Melhor Ator Secundário nos SAG, nos Prémios da Associação de Críticos e nos BAFTA, tornou-se o segundo ator surdo (e o primeiro homem surdo) a ser nomeado aos Óscares.

“Acredito que estas nomeações estão mesmo a fazer a diferença”, afirmou, contando que tem recebido várias propostas em Hollywood no seguimento do sucesso do filme. “Vejo Hollywood a tentar fazer algo novo. E isto é só o princípio”.

“CODA – No Ritmo do Coração”, que passou pelas salas de cinemas e se encontra disponível na Apple TV+ em Portugal, tem um argumento adaptado do filme francês “La Famille Bélier”, de 2014. Está nomeado para o Óscar de Melhor Filme, Melhor Argumento Adaptado (Siân Heder) e Melhor Ator Secundário (Troy Kotsur).

FONTE: https://observador.pt/2022/03/19/como-coda-passou-de-filme-impossivel-a-candidato-ao-oscar-de-melhor-filme/


Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTE AQUI NO BLOG!!!
SEU COMENTÁRIO FAZ TODA DIFERENÇA!!!

Um comentário é o que você pensa, sua opinião, alguma coisa que você quer falar comigo.

BJOS SINALIZADOS.