É na família o lugar ideal para se iniciar o atendimento de base para
os surdos. É a primeira escola onde as capacidades das crianças são
desenvolvidas. Quando pais detectam surdez na família, a primeira reação
é de proteção, pois acreditam que o surdo, por apresentar inicialmente
dificuldade de comunicação, não conseguirá socializar-se com os demais.
Conforme Sole[1] "o sujeito surdo, por permanecer muito mais tempo
sem uma fala efetiva para expressar seus pensamentos favorece que a mãe
suponha que ele ainda não pensa por si próprio e a estimula a pensar por
ele". É baseando-se nesse contexto que se levanta questionamentos sobre
o investimento que se faz na independência dos surdos. Sabe-se que,
quanto mais precoce é o trabalho com a criança e a família, melhor será a
adaptação dos pais à diferença que seu filho apresenta diante das
crianças normais e maiores chances terão as crianças de se desenvolver
de forma equilibrada.
"Os pais bem orientados pelos serviços educacionais, sabem que
precisam desenvolver a linguagem de seus filhos, ou seja, sabem que as
crianças mesmo surdas, já nascem com capacidade para expressar o que
quiserem, por meio do corpo, principalmente dos gestos, e até por meio
das palavras. A família passa a agir normalmente com a criança surda .
Se o surdo profundo for estimulado desde cedo, reagirá auditivamente por
vários sons ambientais e até mesmo poderá, com o tempo codificar alguns
sons da palavra falada". Resta, porém, identificar qual a melhor forma
de trabalho a ser realizada com o conjunto criança
surda/escola/família.
A comunicação precoce com os surdos é importantíssima para o
desenvolvimento cognitivo e psicossocial. E o primeiro passo é saber os
gestos dos SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO, enfatizando a leitura oral/facial,
principalmente partindo do concreto, mostrando o objeto que o surdo
visualiza a imagem e faz o sinal classificador. O segundo passo é
conhecer o ALFABETO MANUAL para a comunicação com o filho, ensinando o
nome, sobrenome, os nomes dos membros da família, nome da rua onde mora,
bairro etc...
É importante ressaltar que o surdo, mais do que qualquer outra
pessoa, precisa a prender a ler, escrever, cantar e entender. Precisa
estudar – estudar muito.
O surdo que viveu no “isolamento” da comunicação, hoje enfrenta
muitos problemas e não consegue fazer parte ativa da sociedade onde
vive. Ou seja, só consegue viver “feliz” na comunidade surda. Já os
surdos cujos pais deram apoio, atenção e estímulo, hoje são bem
sucedidos e se comunicam em qualquer lugar, seja na agência bancária,
nas compras, em viagens, em reuniões sociais, eventos etc.
Por isso apoie seu filho, dando a ele total reconhecimento e apoio,
leve-o para ter um relacionamento com outras pessoas, ouvinte e surdos.
Com isso você terá um filho participante da Sociedade, feliz e dinâmico
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