Semana passada, escrevi sobre atendimento psicológico para pessoas
com deficiência, que podem servir como um apoio para aceitação da
deficiência. Mas, ficou faltando um ponto, não comentamos sobre como
pessoas com deficiência auditiva ou surdez podem ter dificuldade com
este tipo de atendimento, afinal, é uma pequena parcela de profissionais
que sabem LIBRAS.
Entre esta minoria, está a especialista em psicologia hospitalar,
Telma Souza, que trabalha no Hospital das Clínicas da USP e no DERDIC
(Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação) da
PUC de São Paulo. Telma aprendeu LIBRAS em um curso de clínica
psicanalítica para crianças e jovens que fez no DEDIRC, instituição
especializada em deficiência auditiva, voz e linguagem. No HC também
existem projetos de reabilitação de pacientes de perda adquirida.
A psicóloga percebe diferenças no atendimento entre pessoas que
nasceram com alguma deficiência e às que adquiriram deficiência ao longo
da vida. “Ao nascer com uma deficiência toda à formação da autoimagem e
personalidade vai constituir-se a partir de sua estrutura orgânica, ou
seja, seu psiquismo vai desenvolver juntamente com seu corpo, a partir
das experiências vividas” diferencia.
Para que estas crianças venham a ser adultos felizes, é muito
importante o apoio da família, pois é com ela que inicia o contato com o
mundo externo. Assim, os familiares devem participar ativamente.
“A aproximação da família com a criança, durante o processo
terapêutico, possibilita uma compreensão melhor por parte de todos e dos
papéis que ocupam nesse processo que exige uma readaptação, no qual
descobrem novas maneiras de perceber a criança e contribuir com o
desenvolvimento de seus potenciais”, comenta Telma.
Já no caso da perda adquirida, existem mais consequências a psique,
reações como raiva, depressão, frustração e insegurança. Com esta perda
da capacidade auditiva acontece a modificação da autoimagem.
“E é nessa nova realidade do indivíduo que o acompanhamento
psicológico implica em possibilitar condições para a adaptação e
reorganização, para que haja um investimento em si coerente com suas
capacidades”, encerra.
http://www.guiainclusivo.com.br/2011/06/psicologos-dao-atendimento-em-libras-para-surdos/
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