O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) vem promovendo diversas ações de inclusão junto às pessoas surdas e com deficiência auditiva que trabalham na instituição por meio de convênio com a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Atualmente, há 35 pessoas vinculadas à Feneis – 32 são surdos ou têm deficiência auditiva e outras três são supervisoras/intérpretes. Eles atuam na digitalização de processos. Metade do grupo trabalha no quarto andar do prédio-sede e os demais na sede do Memorial, na rua João Telles.
Na última sexta-feira (9/2), servidores da Secretaria de Saúde (SeSaúde) e da Divisão de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão (DivSai) visitaram os trabalhadores que atuam no prédio do Memorial da Justiça do Trabalho. Foi realizada a escuta coletiva e em duplas dos trabalhadores surdos e com deficiência auditiva.“Novas questões foram levantadas. A maior parte das situações que surgiram foi a respeito das condições de trabalho, temas que serão levados às áreas competentes”, conta a chefe da DivSai, Anita Cristina de Jesus, que acompanhou a visita.
Aperfeiçoamento - As ações de inclusão iniciaram a partir de uma provocação da Divisão de Apoio Judiciário. A equipe convidou a DivSai para conhecer o grupo de trabalhadores da Feneis. Logo, a Secretaria de Saúde e Assistência se uniu à iniciativa, com profissionais de assistência social e segurança do trabalho. Na primeira visita, em abril do ano passado, a DivSai fez a escuta do grupo de trabalhadores e trabalhadoras do prédio-sede. Em dezembro, o serviço social fez atendimentos individualizados com essa mesma equipe. Questões relativas à segurança contra incêndio, uso de elevadores e barreiras de comunicação com as pessoas que atuam no prédio-sede foram algumas das situações relatadas. Também foram abordadas as dificuldades de acesso ao prédio, ergonomia e saúde, além da necessidade de mais pessoas conhecerem a atuação deles e as peculiaridades que envolvem a pessoa surda ou com deficiência auditiva.
O que já foi implementado - A partir da primeira escuta, foram feitos ajustes de layout na sala ocupada pelos trabalhadores, treinamento em segurança e prevenção de incêndio pela Secretaria de Segurança Institucional e uma visita à Central de Segurança do TRT-4. Foram adquiridos cordões de girassol (cordão para uso de crachá pelas pessoas com deficiências ocultas, implementado por meio da Lei nº 14.624/2023) e adesivos para identificação da deficiência. Os trabalhadores e trabalhadoras gravaram vídeos de divulgação do curso de Libras do Tribunal. Os vídeos foram encaminhados por e-mail na época de inscrições para o curso, no ano passado. A história de alguns integrantes do grupo também foi contada em uma reportagem sobre o Dia do Surdo. Isso para divulgar a atuação das pessoas surdas e com deficiência auditiva que atuam no Tribunal.
Próximos passos - Entre as novas atividades para divulgação e melhoria das condições de trabalho do grupo da Feneis, há previsão para capacitação em Libras focada nos diálogos para recepção do prédio-sede, bem como instalação de mecanismos de segurança e identificação da sala em que atuam os trabalhadores. Ainda devem ser realizadas palestras e capacitações, visita nos setores do prédio-sede para apresentação do trabalho e para conscientização sobre a inclusão das pessoas com deficiência.
FONTE:
https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/modulos/noticias/602294
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