RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

sábado, 11 de abril de 2020

Música para Surdos



A primeira vista pode parecer diferente, afinal: música para surdos? Não é de som que se faz música? Pois hoje a gente trouxe exemplos e várias informações que vão abrir sua cabeça em relação à Arte Acessível 😉


Se você é ouvinte, deve estar pensando: como assim, música para surdos?! Se você for surdo, sabe exatamente do que estamos falando. Somos seres musicais e a apreciação dos ritmos e melodias é necessária a todos, independente da audição. Para os surdos, a música pode ser sentida de dois jeitos diferentes: por meio de vibrações ou com um intérprete de Libras.
Geralmente, para os ouvintes, o som (que é uma onda capaz de se propagar pelo ar a partir da vibração de suas moléculas) vibra os ossos e membranas dos ouvidos que são traduzidos em estímulos elétricos e direcionados ao nosso cérebro, que os interpreta. Quando a pessoa é surda, ela recebe essas mesmas vibrações, mas geralmente, existe algum problema nessa comunicação com o cérebro, que acaba não reconhecendo as vibrações como sons. Isso não significa que ela não sinta a música, aliás, geralmente ela é mais sensível do que os ouvintes e pensar nela como alguém que também vai consumir o conteúdo produzido, faz todo o sentido.
É isso que permite iniciativas super legais como o Samba com as Mãos, no qual a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo leva surdos para assistirem ao Carnaval Paulistano e sentir a vibração da bateria, ou como a Banda do Silêncio, composta apenas por crianças surdas tocando instrumentos.
Outra maneira de fazer a música acessível aos surdos é o recurso do interprete em shows, concertos e vídeo clipes. Sobre essa iniciativa mega legal, a gente entrevistou a Luíza Caspary, cantora e super amiga do Hugo. Ela sempre tem disponíveis os recursos acessíveis em suas apresentações e dividiu um pouquinho com a gente da sua experiência 😉






Blog do Hugo (BH): O que te despertou para o tema da acessibilidade na música, para colocar todos os tipos de acessibilidade nos seus shows?
Luíza (Lu): A música entrou muito cedo na minha vida, desde que eu era bem pequenininha. Em 2010, minha mãe – Márcia Caspary – fez um curso de Audiodescrição e me passou o conteúdo que havia aprendido. Desde então, eu descobri um novo mundo de possibilidades dentro da inclusão e a partir disso, depois de ter gravado um videoclipe com este recurso, eu passei a querer que meus shows também fossem acessíveis 🙂 já que meus vídeos estavam sendo, então incluí Libras e legendas. Com isso, eu conheci muitas pessoas com deficiência e tenho muitos amigos que me ajudam a melhorar cada vez mais nesse sentido!
BH: Que legal! E Você tem alguma história bacana dos surdos que foram ao seu show? Sobre a experiência deles, o que eles acharam e que tipos de adaptações você precisou fazer para que o show ficasse acessível pra eles?
Lu: O primeiro show acessível que eu fiz tinha só audiodescrição e intérprete de Libras. Ao final do show uma das pessoas da plateia chamada Renata Lé , falou comigo. Ela disse que tinha feito implante coclear e por isso seria muito mais interessante que também tivesse legendas, já que ela tinha passado a escutar e queria aprender e estudar mais a nossa gramática. Ela também me explicou que muitos surdos não se comunicam através de Libras e por isso a importância das legendas. Então quanto faço o show acessível, significa que ele tem esses 3 recursos e também acessibilidade para cadeirantes. E sim! Eu tenho várias histórias de amigos surdos que vão ao show e contam a experiência de cada um. A primeira foi a da Renata. Como eu trabalho com intérpretes diferentes, o público vai tendo o seus favoritos, e eu sempre procuro trabalhar com os intérpretes que eles mais elogiam 🙂
BH: E Luiza, quais ações você julga necessárias para que a arte seja mais acessível no Brasil, tomando pela sua experiência?
Lu: As ações devem partir de nós, artistas! Porque a mídia e as plataformas digitais infelizmente não estão preparadas para isso. O que eu faço é meio que tirar leite de pedra, incluindo textos grandes e extras para descrever fotos para os usuários com deficiência visual, inserindo legendas nos vídeos do YouTube e Facebook, que é uma ferramenta básica é fácil de usar e as pessoas não atinam a importância disso!
E em relação à Libras, invisto contratando intérpretes de Libras para alguns vídeos e shows, sempre que consigo, e no meu site utilizo o Hand Talk, que salvou minha vida e é super pratico, inclusive uso o app para estudar no celular. E é justamente isso que me deixa indignada… Se eu consigo gerar material acessível, site acessível, como grandes empresas e artistas que tem verba pra isso não fazem? Tratam como exceção. Acessibilidade é direito, é prioridade, e as plataformas digitais precisam se movimentar pra isso, YouTube, Facebook, Instagram, Soundcloud, Snapchat, todos! Vamos acordar que o mundo exclui demais e isso precisa mudar. Quando o mundo, a internet e os espaços públicos, culturais e privados forem pensados para TODOS, sem “padrões” as deficiências irão desaparecer e a independência e igualdade irá vencer!
O trabalho da Luíza é incrível! Você consegue saber mais no site LuizaCaspary.com.br e no Canal do Youtube da Luíza 🙂 Muito legal saber de tudo isso, né? Então acompanhe sempre o nosso Blog, pra ficar em dia com o que existe sobre Acessibilidade!

http://blog.handtalk.me/musica-para-surdos/?fbclid=IwAR1uaCeFEKSe6MEHUqZsc65li81OBaXZ_3iZNOUL_3xEOA36J4Cxzs_Z9SI

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