Para
quem ouve, é uma experiência inusitada. Não há som ou legendas na
maioria dos vídeos. Ainda assim, está ali a literatura. As histórias dos
livros infantis contadas nos vídeos do projeto “Mãos Aventureiras”
precisam só dos sinais feitos em Libras por Carolina Hessel para chegar a
seu público: as crianças surdas de todo o país.
Professora da Linguagem
Brasileira de Sinais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Carolina Hessel criou, com apoio da instituição, o www.ufrgs.br/maosaventureiras/, no qual publica vídeos contando histórias recentes da literatura infantil usando a linguagem de sinais.
“Tomando contato com a riqueza da
literatura infantil atual, tive a ideia de fazer esta tradução há algum
tempo, mas só consegui colocar em prática no fim do ano passado. O site
foi criado para preencher uma lacuna”, diz.
Entre os livros que ela apresenta em seus
vídeos estão obras nacionais recentes como “Adelia”, de Jean-Claude
Alphen, premiado com o Jabuti em 2016; e “Clara” (2007), com texto de
Ilan Brenman e ilustrações de Silvana Rando; há ainda alguns clássicos,
como “As Centopeias e seus Sapatinhos” (1978), de Milton Camargo.
O projeto é o único no país a fazer essa
“tradução” para o público infantil. “A presença de conteúdos em Libras é
muito baixa nas redes sociais. Faltam iniciativas e, também, apoio
institucional e mesmo financeiro, já que essas iniciativas exigem
investimento, tempo, apoio técnico…”, diz a professora.
Carolina ressalta que os livros podem
ajudar não só no contato das crianças surdas com a literatura, como
também no desenvolvimento do aprendizado de Libras dos pequenos.
Confira um dos vídeos com contação de histórias:
https://www.metrojornal.com.br/cultura/2018/03/31/professora-promove-contacao-de-historias-infantis-em-libras-pela-internet.html
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