O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) recebeu, na manhã do dia 13 de junho, terça-feira, o lançamento do projeto Giulia - Mãos que Falam,
que tem como objetivo facilitar a comunicação entre surdos que usam a
língua brasileira de sinais (libras) e ouvintes sem fluência a partir de
um aplicativo para celular, gratuito. O programa foi criado e
desenvolvido pelo professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) Manuel Cardoso, que apresentou a ideia para o
público de cerca de 100 pessoas, entre parceiros, representantes,
funcionários e alunos do instituto e convidados. O subsecretário da
Pessoa com Deficiência da prefeitura do Rio, Geraldo Nogueira, também
acompanhou o lançamento.
O projeto visa a propiciar à população surda maior acesso à
informação em ambientes específicos como hospitais, escolas, delegacias
de polícia, fábricas e escritórios. "Trabalho com tecnologia inclusiva
há 27 anos. Desde o início desse projeto, buscamos obedecer a uma regra
importante: nada se faz para eles sem a participação deles. Por isso
buscamos uma associação de surdos em Manaus para entender de que forma
essa tecnologia poderia agregar mais valor para eles", disse Manuel
Cardoso.
Para
usar a plataforma, é necessário ter um smartphone fixado no pulso. Além
dos sensores comuns aos celulares, é preciso haver um magnetômetro
(usado para medir intensidade, direção e sentido), que permite que o
celular funcione como uma bússola e capte os movimentos das mãos. No site
do projeto há uma lista com os celulares que vêm com este sensor.
Segundo Cardoso, o algoritmo do Giulia vai aprendendo com as
características da pessoa que faz os sinais à medida que o aplicativo é
usado.
O professor esclarece que o Giulia não faz libras, já que, além da
parte gestual, que é copiada pelo aplicativo, a língua inclui também as
expressões faciais. Mas é uma forma de facilitar a comunicação.
"Acredito que a geração de riqueza e conhecimento deve transformar a
sociedade em prol de um bem maior, afirmou. "A surdez pode excluir mais
do que todas as deficiências e deixar a pessoa fora do convívio social. É
fundamental que as tecnologias sejam transformadoras e inclusivas",
completou Geraldo Nogueira, da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência.
O nome Giulia é uma homenagem a uma jovem surda, já falecida, que
inspirou Cardoso a criar o projeto. A mãe de Giulia esteve presente no
lançamento.
http://www.ines.gov.br/noticias/401-ines-recebe-lancamento-de-aplicativo-de-comunicacao-para-surdos
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