Escrito por laklobato em 23/07/2012
Segunda-feira da semana passada, dediquei um post a vencer o medo de falar em público, tendo voz de surdo oralizado, que querendo admitir ou não, dificilmente vai soar como voz de ouvinte, a menos que se tenha usado o IC desde a janela de neuroplasticidade e nunca aberto mão, por um dia que seja, do uso dele, porque a voz se deteriora rapidamente (tá, um dia é exagero, leva uns anos). Mas, ainda assim, nós temos o direito sim, de falar oralmente, sem vergonha nenhuma. Sem nenhum zé mané pra encher o saco “se é pra falar assim, seria melhor usar língua de sinais”. Usa LS quem quer e quem gosta, não quem tem sotaque diferente, francamente…
Mas, tem diferença grande um surdo oralizado pra outro. A minha voz afrancesada (hahaha) vocês já conhecem. Só que vocês sabem que eu nasci ouvinte e devem pensar “mas a Lak fala com essa fluência toda e esse sotaque de portuguesa-francesa-carioca-whatever porque já ouviu”…
Então trouxe a vocês a voz do meu irmão gêmeo de luta pró respeito e reconhecimento aos surdos oralizados, meu melhor amigo, Raul Sinedino.
Um breve resumo sobre o Raul: nasceu surdo em 25 de julho de 1977 (bem antes do IC se tornar uma tecnologia disponível), em decorrências de rubeola gestacional. Teve a surdez detectada aos 8 meses e fez fonoterapia e passou a usar AASI convencional com essa idade. Foi implantado já adulto, nunca aprendeu a língua de sinais, por opção própria…. O resto, vou deixá-lo contar ele mesmo, no video a seguir…
http://desculpenaoouvi.laklobato.com/index.php/2012/07/23/dando-voz-aos-surdos-oralizados/
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