O professor André Oliveira, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), oferece aulas gratuitas de anatomia com tradução em libras, por meio do canal Educação e Anatomia, no YouTube.
A iniciativa foi criada devido à escassez e indisponibilidade de
peças cadavéricas nas instituições públicas e privadas no Brasil. Com
seis meses de atividades, o projeto já possui mais de dois mil inscritos
no seu canal no Youtube e 11 mil seguidores em seu perfil no Instagram.
“O difícil acesso a peças cadavéricas nas instituições de ensino
públicas e privadas no Brasil me fez gravar aulas práticas sobre
anatomia sistêmica e anatomia topográfica e disponibilizá-las por meio
do YouTube, de uma maneira sistemática e didática”, explica André.
O material produzido também possui como foco a acessibilidade na
comunicação. Através de conteúdos traduzidos em libras, promove maior
receptividade e inclusão para estudantes com deficiência auditiva.
“Sei que existe muita gente, estudantes da área de saúde que precisam
desse acesso, dessa aula prática digital, principalmente em tempos de
pandemia do novo coronavírus. Com meu canal, quero valorizar essas
diferenças, sobretudo nesta época em que praticamente todo mundo está no
meio digital”, afirma o docente.
As aulas usam peças humanas reais, já que muitas universidades
ofertam apenas peças sintéticas. O professor conta que esta é uma forma
dos estudantes terem acesso ao que nunca tiveram em suas formações. Para
os alunos que já possuem esse acesso, a exemplo dos da UFPB, o projeto é
uma maneira de revisar os assuntos.
“O acesso às peças muitas vezes não é liberado. Tem que ter um
horário e ver com professores responsáveis, afetando a manuseio por
parte do interessado”, explica o professor.
André Oliveira relata que não existe na formação dos alunos e dos
próprios profissionais uma disciplina ou componente curricular com foco
em gerenciamento de estudos. Portanto, além de gravar vídeos sobre
anatomia, ele oferece orientações sobre como potencializar o
aprendizado, aumentando a efetividade da aprendizagem.
“No canal, também falo sobre concentração, dou dicas de como fazer
boas provas, orientações educacionais e pedagógicas. Então, basicamente
essa é a ideia geral do canal: educação e anatomia”.
Os vídeos são gravados por celular e editados por meio do programa
Filmora. A divulgação é feita principalmente pelo Instagram, que se
tornou a principal rede social do projeto. “Tenho atuado de modo mais
profissional, no Instagram, de seis meses para cá. Mas venho jogando
conteúdo há quatro anos”.
O trabalho conta com colaboradores. A estudante de Nutrição, Tássia
Melo, ajuda na gravação dos vídeos e Layon Madeiro na tradução dos
conteúdos para libras. Em território brasileiro, a proposta é inovadora.
De acordo com o docente, nos últimos sete dias, o perfil do projeto
no Instagram teve números expressivos como 90.682 impressões (número
total de vezes que alguém viu alguma publicação no feed ou story. Já a conta no Youtube contabiliza 71.100 minutos de visualização.
Interessados também podem acompanhar as ações por meio do perfil do professor no Twitter. Ouras informações podem ser obtidas através do e-mail andre.sboliveira@gmail.com.
https://www.librasol.com.br/professor-da-ufpb-oferece-aulas-de-anatomia-com-traducao-em-libras-no-youtube/
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