Com o objetivo de
mostrar que os surdos sofrem com o preconceito e que existe violência
contra eles, o cearense Nilton Câmara, escritor, intérprete e professor
de Libras, escreveu o livro “Grito Silenciado: Conceitualizações de
Violência na Comunidade Surda“.
O livro “Grito Silenciado: Conceitualizações de Violência na Comunidade Surda”
trata de uma temática pioneira no Brasil e no mundo. Por conta disso,
Nilton relata que foi complicado começar a escrever sobre o tema, pois
não tinha bibliografia para se basear. Então, ele começou a ouvir os
surdos para saber as dificuldades que eles enfrentam e assim, dar voz a
eles e alertar as pessoas sobre o preconceito que eles enfrentam.
O interesse de Nilton pela temática surgiu quando ele se envolveu com a Comunidade Surda, em 1998, quando avistou um grupo de surdos em uma igreja local. Durante alguns anos, ele foi o responsável pela regência do Coral Mãos que Encantam, composto por 30 jovens surdos do Instituto Cearense de Educação de Surdos, tornando a música como uma ferramenta lúdica e educacional entre os alunos.
“É complicado falar de ineditismo, mas se você for procurar outro livro com esse tema, não tem. Você encontra livros sobre violência contra a mulher, contra homossexuais, contra negros, mas contra surdos é difícil. O diferencial desse livro é que fala sobre isso a partir da perspectiva do próprio surdo”, explica Nilton.
Na sua pesquisa, Nilton constatou que os surdos sofrem com os apelidos que lhes dão, mas além, disso, ele percebeu que os surdos enfrentam obstáculos mais sérios, como pais que não fazem esforço para aprender Libras (Língua Brasileira de Sinais) e não conversam com os filhos.
“É uma das reclamações mais recorrentes deles (dos surdos). Cerca de 90% dos pais não conversam com os filhos porque não sabem Libras, eles se comunicam por gestos, mas o diálogo não existe”, revela o escritor.
Além dos apelidos e da falta diálogo com os pais, outro obstáculo é a educação, que é ineficaz, pois não é preparada para lidar com os surdos, que são portadores de necessidades especiais. Nilton afirma que isso acontece porque a comunidade surda não é compreendida.
Segundo Nilton, “Grito Silenciado: Conceitualizações de Violência na Comunidade Surda” é um livro para todos, que tem o objetivo de instigar as pessoas a conhecer os surdos e aprender Libras. “O principal objetivo é mostrar que existe um grito, que essas pessoas clama por socorro”, conclui Nilton.
http://www.porsinal.pt/index.php?ps=destaques&idt=not&iddest=316
O interesse de Nilton pela temática surgiu quando ele se envolveu com a Comunidade Surda, em 1998, quando avistou um grupo de surdos em uma igreja local. Durante alguns anos, ele foi o responsável pela regência do Coral Mãos que Encantam, composto por 30 jovens surdos do Instituto Cearense de Educação de Surdos, tornando a música como uma ferramenta lúdica e educacional entre os alunos.
“É complicado falar de ineditismo, mas se você for procurar outro livro com esse tema, não tem. Você encontra livros sobre violência contra a mulher, contra homossexuais, contra negros, mas contra surdos é difícil. O diferencial desse livro é que fala sobre isso a partir da perspectiva do próprio surdo”, explica Nilton.
Na sua pesquisa, Nilton constatou que os surdos sofrem com os apelidos que lhes dão, mas além, disso, ele percebeu que os surdos enfrentam obstáculos mais sérios, como pais que não fazem esforço para aprender Libras (Língua Brasileira de Sinais) e não conversam com os filhos.
“É uma das reclamações mais recorrentes deles (dos surdos). Cerca de 90% dos pais não conversam com os filhos porque não sabem Libras, eles se comunicam por gestos, mas o diálogo não existe”, revela o escritor.
Além dos apelidos e da falta diálogo com os pais, outro obstáculo é a educação, que é ineficaz, pois não é preparada para lidar com os surdos, que são portadores de necessidades especiais. Nilton afirma que isso acontece porque a comunidade surda não é compreendida.
Segundo Nilton, “Grito Silenciado: Conceitualizações de Violência na Comunidade Surda” é um livro para todos, que tem o objetivo de instigar as pessoas a conhecer os surdos e aprender Libras. “O principal objetivo é mostrar que existe um grito, que essas pessoas clama por socorro”, conclui Nilton.
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