RYBENINHA

RYBENINHA
SINAL: BEM -VINDOS

DÊ-ME TUA MÃO QUE TE DIREI QUEM ÉS



“Em minha silenciosa escuridão,
Mais claro que o ofuscante sol,
Está tudo que desejarias ocultar de mim.
Mais que palavras,
Tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer.
Frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria,
Verdadeira amizade ou mentira,
Tudo se revela ao toque de uma mão:
Quem é estranho,
Quem é amigo...
Tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que te direi quem és."


Natacha (vide documentário Borboletas de Zagorski)


SINAL DE "Libras"

SINAL DE "Libras"
"VOCÊ PRECISA SER PARTICIPANTE DESTE MUNDO ONDE MÃOS FALAM E OLHOS ESCUTAM, ONDE O CORPO DÁ A NOTA E O RÍTMO. É UM MUNDO ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS..."

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS
"Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então o lugar é deficiente" - Thaís Frota

LIBRAS

LIBRAS
Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver.” Luiz Albérico B. Falcão

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS

QUANDO EU ACEITO A LÍNGUA DE SINAIS
“ A língua de sinais anula a deficiência e permite que os sujeitos surdos constituam, então, uma comunidade linguística minoritária diferente e não um desvio da normalidade”. Skliar

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A deficiência auditiva e os nossos novos relacionamentos

A deficiência auditiva e os nossos novos relacionamentos

Esses dias troquei uns emails com uma leitora das antigas que eu admiro muito. Um dos tópicos da nossa conversa foram os relacionamentos – em especial, logicamente, os amorosos. Aí acabei matutando sobre esse assunto, e vi que dá pra entender porque tantas pessoas que não escutam preferem muitas vezes se fechar num grupinho de pessoas com as quais se sentem confortáveis e não sair mais dali. Sim, é confortável, tranquilo e não causa stress. Só que, cá entre nós, qual é a graça? A gente fala tanto em diferença e na hora do pegapacapá acha melhor ficar entre iguais?
A cada relacionamento que chega ao fim (fazer o que, né!) nos deparamos novamente com aquela missão um pouquinho desagradável, que é contar para uma pessoa nova sobre nossa deficiência auditiva e suas peculiaridades. No meu caso, em 100% das vezes foram pessoas que ouviam normalmente – nunca me relacionei com alguém que tivesse o mesmo problema. Embora pareça uma baita bobagem, é difícil não bater um receio. “Vai entender numa boa?”, “Vai sair correndo?”, “Vai saber lidar com isso?”, ”Vai ter paciência”?, “Vai me olhar como se eu fosse um alien?”, “Vai ficar constrangido?”…São as perguntas clássicas que ficam passando pela nossa cabeça.
Comigo já aconteceu cada uma! Lembro de uma vez – já devo até ter contado aqui – em que um carinha pediu meu telefone. Quando dei o número pedi que só me mandasse SMS, não ligasse. Aí tive que ouvir um discurso da criatura, que me acusou de ser casada (pode???) e estar falando pra ele mandar SMS só pro meu ‘marido’ não saber. Só Jesus na causa, como diria aquela personagem da novela das 8. Outra vez, quando contei que não ouvia bem, a criatura em questão ficou uns 10 minutos tipo “ahhh não mente”, “ahhh fala sério”, até acreditar. Peloamor!!! Enche o saco, mas acontece e muito.
Porque é que temos tanto receio, afinal? No meu caso, demoro pra decidir se uma pessoa nova merece ou não merece saber demais sobre a minha vida nesse quesito. O que é que um namorado novo precisa ter para lidar numa boa com a deficiência auditiva? Paciência. Sejamos honestos, é preciso uma dose enorme de paciência para se relacionar com alguém que não ouve bem. Isso envolve repetir algumas coisas quando for necessário (sem fazer cara de bunda e sem reclamar, rsrsrs), aprender truques básicos como não querer bater papo no escuro, aprender o mínimo aceitável de leitura labial (se virar expert eu me apaixono e caso! hahaha) e, porque não, ajudar a transformar esse peso em leveza. A surdez me lembra o título daquele livro famoso, “A insustentável leveza do ser“, cuja principal lição é a de que devemos aprender a transformar o peso da vida em leveza. E não é isso que fazemos todo santo dia ao reunir forças para não nos estressarmos (tanto!) com o fato de que não ouvimos perfeitamente? Que delícia quando conseguimos encontrar alguém que nos ajuda com isso.
É primordial que a gente se sinta confortável e 0% constrangido com tudo o que disser respeito à DA quando nos relacionamos com alguém. Já recebi centenas emails de leitores do Crônicas reclamando do comportamento de namorados(as), maridos e esposas. Eu jamais conseguiria me relacionar com uma pessoa que me fizesse sentir mal ou envergonhada/sem graça em função disso – cairia fora no ato. Há quem consiga, mas, honestamente, acho isso uma tremenda falta de amor próprio e um desperdício de tempo.

 http://cronicasdasurdez.com/

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