Cão obedece sinais para passear e fazer xixi no local adequado (Foto: Luiz Henrique Ribeiro/Arquivo pessoal)
A auxiliar geral Silvia Rodrigues Coelho, de 23 anos, é deficiente auditiva, mas isso não a impediu de trabalhar em Presidente Prudente,
sair com os amigos e curtir os dias de folga ao lado do marido Luiz
Henrique Ribeiro, de 25 anos. Porém, o destino a surpreendeu com um novo
integrante em sua família: um cachorro da raça pit bull que também não
ouve. Eles representam as superações buscadas pela Comunidade Surda
Brasileira durante o Dia Nacional do Surdo, celebrado nesta sexta-feira
(26).
O companheiro de Silvia conta que a relação da esposa com o cão teve início em uma página de adoção de animais abandonados em uma rede social, há cerca de um ano e meio. Silvia viu a pit bull de cor branca à espera de uma família, mas ao ser informada de que o animal tinha problemas auditivos, despertou a vontade de adotá-lo.
O companheiro de Silvia conta que a relação da esposa com o cão teve início em uma página de adoção de animais abandonados em uma rede social, há cerca de um ano e meio. Silvia viu a pit bull de cor branca à espera de uma família, mas ao ser informada de que o animal tinha problemas auditivos, despertou a vontade de adotá-lo.
Silvia está com pit bull há um ano e meio (Foto: Luiz Henrique Ribeiro/Arquivo pessoal)
“Foi tudo muito inesperado e surpreendente encontrar um cão surdo. Mas a
Silvia não descansou até conseguir a adoção. Eu acho que foi uma das
melhores decisões que tomamos”, comenta.
Ao trazê-la para casa, Luiz conta que o animal estava um pouco
assustado, mas Silvia se prontificou a ensinar a linguagem de sinais
para o pit bull, que aprendeu comandos básicos, como sentar, sair da
sala, não morder, não fazer xixi em determinados locais, entre outros,
contribuindo com a convivência entre a família e o animal.
“Aos poucos, os dois foram se conhecendo e se entendendo. Hoje em dia, o
pit bull obedece só aos comandos da Silvia com o uso de sinais. É uma
relação única, composta de muito carinho e paciência. É como se ele
entendesse que a Silvia possui a mesma deficiência”, relata o marido.
Para Luiz, a relação da esposa com o cão é considerada a prova de que
nada é impossível para os seres humanos e para os animais. “Foi um
presente surpreendente que construiu na base da paciência e isento de
qualquer preconceito”, afirma.
"É
como se a cadela entendesse que a Silvia possui a mesma deficiência que
ela", explica marido (Foto: Luiz Henrique Ribeiro/Arquivo pessoal)
http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2014/09/mulher-com-deficiencia-auditiva-adota-pit-bull-surda-animal-respeita-sinais.html
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