06/12/2012 15h07
                  - Atualizado em
                  06/12/2012 15h07
               
Débora de Vasconcelos é diretora do Instituto dos Surdos, em Fortaleza.
Segundo instituto, ela é a primeira diretora surda de escola pública do país.
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 Com um sorriso que já é marca registrada entre alunos e professores, 
Débora de Vasconcelos Souza Conrado ocupa a cadeira mais importante do 
Instituto Cearense de Educação de Surdos, em Fortaleza. A cearense de 32
 anos que nasceu surda por causa de complicações no parto é diretora da 
escola de que foi aluna desde os cinco anos de idade.
 No histórico escolar da diretora, está a prova da longa passagem pela 
instituição e das boas notas da época de aluna. Débora é de Maranguape, 
cidade serrana na Grande Fortaleza, e aprendeu a Língua Brasileira de 
Sinais (Libras) na escola. "Foi uma escola muito importante da minha 
vida porque aqui comecei a me desenvolver", lembra.
 Na faculdade de pedagogia e depois no curso de licenciatura em 
Letras-Libras, a diretora se preparou e decidiu ensinar a outros alunos 
surdos o que aprendeu. Débora de Vasconcelos deu aulas para estudantes 
do ensino infantil, fundamental e médio, até chegar à coordenação da 
escola. Durante toda a trajetória, foi conquistando alunos e professores
 e, no mês de agosto passado, indicada para ser a primeira diretora 
surda de escola pública do Brasil.
 Os mais de 400 alunos do Instituto nunca se sentiram tão bem 
contemplados. "Se a gente algum problema pessoal, nós conversamos com a 
Débora e ela nos aconselha. É muito bom", diz a aluna Jaiane dos Santos.
 Como se fosse dando uma lição, desta vez de superação e exemplo, os 
colegas de trabalho sempre gostam de relembrar como a professora Débora 
se transformou em um modelo de educadora. A coordenadora Deyane Lima 
confirma: "Todos os alunos utilizam a Débora como modelo. Não só aqui 
dos Instituto dos Surdos, mas de todo Brasil".
 Entre os pais e mães dos alunos, a diretora Débora também inspira 
confiança e exemplo de vida. Mesmo com tanto reconhecimento, ela não 
gosta de lembrar dos obstáculos e preconceitos que enfrentou e prefere 
pensar em tudo o que tem a ensinar a tantos alunos. "Quero repassar tudo
 que eu tenho de bom para os jovens. Quero servir de modelo para todos. 
Para eles verem como o surdo pode, como o surdo consegue".

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