Em
 conversa com a nossa reportagem, estudante conta como foi a jornada até
 sua formação e o que pretende fazer em prol de outros estudantes surdos
Wester
 Hugo Vieira Silva, estudante de 24 anos, faz parte da turma concluinte 
deste semestre do curso técnico de Informática da Escola Técnica de 
Brasília (ETB) e, após a jornada, com duração de dois anos, tem como 
objetivos ingressar na faculdade de Administração no Paraná e ser 
aprovado em um concurso público. Essa poderia ser apenas mais uma 
história, adaptável a tantos outros personagens, se não fosse por um 
detalhe: o protagonista dela é um jovem surdo.
O 
início dessa caminhada começou em 2013, quando Wester soube pelo seu 
amigo Jandir – primeiro aluno com deficiência auditiva a ingressar na 
ETB – sobre a existência do curso técnico de Informática e como 
funcionava o esquema de aulas. Após o aconselhamento, resolveu arriscar,
 se inscrevendo para a candidatura de uma das vagas. “Vi que não era 
difícil e que podemos nos igualar na parte prática. Vir para cá 
significa desenvolvimento e conquista de uma vida melhor”, aconselha ele
 aos demais surdos que compartilham o interesse em ingressar no ensino 
técnico.
Além
 do conteúdo técnico, Wester conta que passou por diversas formas de 
aprendizado, muito além da grade escolar. Durante sua permanência no 
curso, prestou estágio na ETB, onde se submeteu pela primeira vez a uma 
relação profissional. Ali, segundo ele, desenvolveu aptidão em 
organização e normas, em como ser ético numa empresa, a lidar com os 
colegas de trabalho e principalmente sobre se relacionar com outros 
grupos, numa constante troca de conhecimento.
“No 
futuro, eu vou conseguir um trabalho nessa área, para poder ajudar 
outros surdos”, acredita ele, revelando seu anseio em lecionar. Apesar 
de a referência parecer distante, Wester já começou a colocar em 
prática. Em conjunto com outro aluno deficiente auditivo, desenvolveu 
trabalho específico para estudantes surdos da área de informática. O 
resultado, apresentado na feira de ciências da escola, constitui uma 
série de vídeos com as palavras mais usuais e técnicas da área. Tudo com
 enfoque na inclusão dentro da escola.
Trabalho a seis mãos
A 
história da conquista de Wester foi escrita não apenas a duas mãos, mas a
 seis. Durante o tempo de curso, ele contou com a ajuda da intérprete 
Eurípia Inês, que eram os ouvidos dele na sala de aula, procedendo a 
tradução simultânea do conteúdo lecionado. Além disso, o jovem contou, 
desde o início do curso, com o acompanhamento integral da professora de 
banco de dados e intérprete de libras, Marlete Maria da Silva.
“O 
curso de informática tem muitos termos técnicos, siglas e nomes em 
inglês. Por isso, eu trabalhava em cima das dúvidas dele e revisão de 
conteúdo, além de aplicar atividades complementares para reforçar a 
matéria”, explica Marlete. A experiência de Jandir, Wester, entre outros
 é um reflexo de que a escola está pronta para receber esses alunos e 
ser cada vez mais inclusiva, como avalia o diretor da unidade, Jackes 
Ridan.
Prova
 de que o trabalho tem dado certo é que, na última seleção, realizada em
 junho, foram ofertadas 5% das 1330 vagas para deficientes, tendo 25 
alunos inscritos. Atualmente, a ETB recebe em média 8 alunos deficientes
 por semestre. Interessados devem ficar atentos às aberturas que ocorrem
 a cada seis meses.
Cursos Técnicos e Profissionalizantes
Os 
cursos da rede de escolas profissionalizantes são divididos em duas 
modalidades: técnicos ou de Formação Inicial e Continuada de 
trabalhadores (FICs). Os cursos se diferenciam pela carga horária, 
podendo ser presencial ou à distância.
“As 
nossas escolas realmente formam. Em quase todos os concursos públicos 
que envolvem as áreas oferecidas na rede, as vagas são ocupadas por 
nossos alunos”, avalia a coordenadora de educação profissional, Vânia 
Leila de Castro. Ela cita como exemplo os certames para técnico em 
enfermagem do Hospital da UnB (HUB) e para técnico em eletrotécnica do 
Metrô de Brasília, ocupados por alguns ex-alunos da rede 
profissionalizante da SEDF.
Outra
 opção, rápida e efetiva, é a variedade de cursos FICs. A procura pela 
modalidade é alta e as vagas se esgotam rapidamente. Fatores como a 
rápida formação e pronta inserção no mercado de trabalho são o que mais 
chama atenção dos candidatos. Segundo Vânia, essas particularidades dos 
cursos fazem com que o aluno se sinta motivado para concluí-lo, gerando 
uma baixa, ou quase inexistente, taxa de evasão.
Saiba
 mais sobre nossos cursos técnicos e entre em contato com a escola de 
seu interesse. Algumas ainda estão com as inscrições abertas ou 
previstas para o 2º semestre de 2015.
Escola Técnica da Ceilândia (ETC)
Informática
Informática Integrado com a Educação de Jovens e Adultos
Administração
Administração Integrado com a Educação de Jovens e Adultos
Telefone: 3901-6927 e 3901-7545
Escola de Música de Brasília (EMB)
Produção Cultural e Desing – 30 opções diferentes de instrumentos
Telefone: 3225-8766
Escola Técnica de Saúde de Planaltina (ETSP)
Enfermagem
Nutrição
Saúde bucal
Análises clínicas
Segurança no trabalho
Telefone: 3901-6588
Escola Técnica de Brasília (ETB)
Eletrônica
Eletrotécnica
Telecomunicações
Informática
Telefone: 3901-3358
Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Gama (CEMI-Gama)
Informática integrado ao Ensino Médio
Telefone: 3901-8078
Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Cruzeiro (CEMI-Cruzeiro)
Informática para internet integrado ao Ensino Médio
Telefone: 3901-7790
Centro Educacional (CED) Irmã Maria Regina
Controle Ambiental Integrado à Educação de Jovens e Adultos
Telefone: 3501-0113
 http://diariodosurdo.com.br/2015/07/aluno-surdo-compartilha-projetos-para-o-futuro/

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