Olá a todos!
Achei bem 
interessante abordar este tema, principalmente pela época do ano que 
estamos. Mês de dezembro, período letivo nas escolas em fase de 
encerramento e matrículas para o próximo período letivo a todo vapor! Se
 para muitos pais de crianças sem qualquer tipo de transtorno isso é uma
 tarefa difícil, imaginem para pais de autistas...
São muitos fatores a
 serem considerados. A maioria preocupa-se com localização, infra 
estrutura da escola e preço, mas fatores como metodologia de ensino não 
passam e nem devem passar desapercebidos. Existem escolas que priorizam o
 ensino de idiomas, outras o preparatório para o vestibular, já outras 
são inclinadas ao construtivismo e muitas outras tradicionalistas. 
Independente da linha a ser seguida, as escolas sempre vacilam na mesma 
questão: o que significa incluir?
No discurso, as 
escolas mostram-se sempre dispostas a atender a criança com necessidades
 especiais pelo fato de isto já ser uma obrigação  legal. Entretanto a lei
 nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de 
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e 
altera o parágrafo 3° do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 
1990. Entende-se como uma norma jurídica que explica como aplicar uma 
lei já em vigor, e que não pode ser contrariada. Sua criação é 
prerrogativa do Poder Executivo. 
Mesmo após o 
sancionamento da Presidente da República em 2012, diversos casos de 
escolas negando ou dificultando a vaga à autistas vieram à tona através 
da mídia. Gostaria de pedir, através deste espaço, que não deixem de 
denunciar escolas que venham a infringir esta lei, pois muitas tendem a 
enganar os pais alegando falta de pessoal, turmas lotadas, etc. A escola
 tem o DEVER de matricular qualquer criança e a partir do momento que 
essa matrícula se consolida, cabe à escola providenciar espaço adequado e
 profissionais capacitados.
Mas ainda não 
chegamos na parte da inclusão! Até agora falamos somente em seguir a 
legislação. Incluir não é obedecer a lei para não sofrer sanções. 
Incluir é um ato de amor (não confundir com caridade), é o ato de 
acolher a todos, sem exceção, independente de raça, classe social, 
condições físicas e psicológicas. É o ato de perceber que somos todos 
iguais e diferentes ao mesmo tempo e que devemos respeitar estas 
diferenças. Se pararmos para pensar, não deveria sequer existir lei de 
amparo ao Autista, pois a criança deve ser aceita e respeitada dentro do
 sistema de ensino, bem como na sociedade. Deveria ser algo latente do 
ser humano, o de sempre procurar proteger os indefesos.
Portanto, a escola 
não deve ocupar apenas o papel de educação assistencialista. Levar ao 
banheiro, ajudar a organizar o material didático, arrumar o lanchinho e 
só. É isso que muitas escolas fazem. Na hora do envolvimento com as 
tarefas pedagógicas e mesmo com as extra-curriculares, isolam o autista,
 uma vez que ele "atrapalha" o desenvolvimento do grupo. E assim a 
escola colabora cada vez mais para o atraso no desenvolvimento desta 
criança e para a diferenciação desta com os demais. Não preciso nem 
mencionar aqui, neste momento, que muitas escolas não percebem onde se 
inicia o bullying e depois que percebem não conseguem acabar com ele.
Pais, mães, avós, 
cuidadores de autistas em geral, não aceitem essas condições! Lutem para
 que seu autista tenha tratamento adequado no ambiente escolar! Escola 
não deve fazer favores. Escola tem que trabalhar junto às famílias e aos
 profissionais que assistem tais casos, procurando as melhores condições
 para o desenvolvimento de todos os alunos envolvidos nesse processo. A 
Escola recebe pra isso e coloca-se na posição humanitária que deve 
estar. Se a escola for pública, está recebendo verba do governo para que
 funcione. Se não estiver dentro dos parâmetros, denuncie.
Costumo dizer que criamos e educamos nossos filhos com amor e com todo o instinto presente dentro de nós. Mas, ao lidarmos com
 crianças no campo profissional, além de amor e instinto, devemos impor a
 ética e o respeito acima de tudo. Aquele que busca trabalhar com 
crianças, seja em escolas, hospitais, parques ou mesmo lojas de 
brinquedos, deve ser habilitado para tal função. Deve estar aberto à 
doçura, à ingenuidade, aos medos e receios, às dúvidas e anseios de 
todas as crianças que passarem pelo seu caminho. 
Então mãos à obra 
na busca de uma escola que respeite e que não pratique a falsa inclusão.
 Muita paciência será necessária! Procure cercar-se de pessoas que 
conheçam mais deste assunto e que possam indicar instituições adequadas,
 sejam escolas regulares ou especiais.
http://convivioazul.blogspot.com.br/2014/12/o-que-significa-incluir-no-ambiente.html?spref=fb


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